Pacientes com suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em Praia Grande agora contam com um novo fluxo de atendimento estruturado pela Rede de Urgência e Emergência e Atenção Hospitalar do Município. Com apoio da telemedicina, a cidade inovou mais uma vez ao disponibilizar um neurologista remoto 24 horas por dia, que analisa tomografias em tempo real e contribui para decisões rápidas e eficazes, reduzindo riscos de sequelas graves.
Ao apresentar sintomas de AVC, como perda de força em um dos lados do corpo ou paralisia facial, o paciente é direcionado para o Pronto-Socorro Central, no Bairro Guilhermina. Lá, ele passa por uma tomografia que define se o AVC é hemorrágico ou isquêmico. O exame é imediatamente enviado via aplicativo para um especialista da Rede Brasil AVC, que emite laudo à distância e orienta o atendimento. Toda a equipe envolvida é notificada em tempo real.
O protocolo inclui também ações rápidas nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) Quietude e Samambaia, onde o chamado “Código AVC” é acionado para acelerar o transporte até o PS Central. Ambulâncias do SAMU com indícios prévios de AVC também são instruídas a ir direto para o local. Há ainda um botão “Derrame” nos totens da recepção do PS Central, garantindo prioridade na triagem.
Quando o diagnóstico é de AVC hemorrágico, o paciente é encaminhado ao Hospital Irmã Dulce, referência em neurocirurgia na Baixada Santista. Em casos de AVC isquêmico, é realizada a trombólise com aplicação de medicação que dissolve coágulos. Para que esse tratamento seja eficaz, o atendimento precisa ocorrer dentro de uma janela de quatro horas e meia após o início dos sintomas.
“Com diagnóstico e atendimento rápido, o paciente pode voltar à vida normal com mínimas ou nenhuma sequela. Mas é fundamental que o socorro médico seja acionado o quanto antes”, destaca a médica Tais Gago Jordão, diretora técnica da UPA Quietude.
Além da estrutura voltada ao AVC, Praia Grande segue com avanços em outras frentes da urgência e emergência. A cidade é a única da Baixada a oferecer marca-passo transvenoso temporário em todas as unidades externas de pronto-atendimento. Também foi criado um fluxo específico para casos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), com suporte de telemedicina nos exames, feitos com apoio de cardiologistas do HCor e da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
A UPA Quietude teve o fluxo reorganizado com totem para triagem ágil e nova sala de enfermagem para classificação de risco, além de ajustes nas escalas médicas para evitar filas.
“Estamos investindo de forma intensa, em parceria com o Estado, para ampliar e qualificar cada vez mais nossa assistência, reduzindo a mortalidade por doenças cardiovasculares”, reforça o secretário de Saúde Pública, José Isaías Costa Lima.
