Jucilene Costa do Nascimento, de 62 anos, condenada a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, foi agredida dentro do Presídio Feminino de Florianópolis, em Santa Catarina. A agressão ocorreu em 4 de agosto, após um desentendimento com outra custodiada, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri).
De acordo com a advogada Ana Carolina Sibut, que representa a idosa, Jucilene relatou ter sido atacada após outras detentas descobrirem que ela foi presa por participar das invasões em Brasília. A mulher sofreu ferimentos no rosto e recebeu atendimento médico, exame de corpo de delito e registrou boletim de ocorrência.
A Sejuri confirmou o episódio, classificando-o como um “desentendimento entre duas custodiadas”. A agressora foi transferida para outra cela como medida preventiva. Em nota, a secretaria afirmou que todas as providências legais e administrativas foram adotadas, e reiterou que repudia qualquer forma de violência.
Jucilene foi inicialmente presa em 8 de janeiro de 2023, permaneceu detida por sete meses, chegou a ser solta, mas voltou ao presídio em 2024, onde está há um ano e dois meses. A defesa já havia solicitado a revogação da prisão em maio deste ano, pedido que foi negado. Após a agressão, uma nova solicitação foi feita, mas também foi recusada na última quarta-feira (13).
A Sejuri destacou que o incidente foi prontamente identificado durante um procedimento de rotina e que os protocolos institucionais foram seguidos para garantir a segurança da custodiada.
Nota do Estado
A Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) informa que foi registrado um desentendimento entre duas custodiadas no Presídio Feminino Regional de Florianópolis, prontamente identificado durante procedimento de rotina realizado pela equipe da unidade.
A custodiada Jucilene Costa do Nascimento foi agredida por outra interna e, após o ocorrido, foi imediatamente atendida conforme os protocolos institucionais, encaminhada para atendimento médico, exame de corpo de delito e registro de boletim de ocorrência contra a agressora, que foi realocada de cela como medida preventiva.
Todas as providências legais e administrativas cabíveis foram adotadas pela direção da unidade. A Sejuri reitera que repudia qualquer forma de violência e atua com rigor e transparência na apuração de todos os fatos.