Parlamentares são acusados de obstruir trabalhos em protesto contra prisão de Jair Bolsonaro

Créditos VINÍCIUS SCHMIDT
A Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados recebeu, nesta segunda-feira (11/8), as representações de afastamento contra 14 parlamentares acusados de participar da obstrução dos trabalhos da Casa na última semana. O corregedor Diego Coronel (PSD-BA) terá 48 horas para emitir parecer sobre os pedidos de suspensão e cassação.
A decisão de encaminhar as representações foi tomada pela Mesa Diretora, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), após os congressistas se recusarem a deixar a cadeira da presidência e a Mesa Diretora durante a retomada das sessões, na quarta-feira (6/8). O ato foi classificado como motim e pode resultar em suspensão de mandato por até seis meses.
Entre os parlamentares citados estão: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Luciano Zucco (PL-SC), Allan Garcês (PP-MA), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Marcos Pollon (PL-MS) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
O protesto foi liderado pela ala bolsonarista da Câmara contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em 4/8. O grupo exigia a votação imediata de três pautas: anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, fim do foro privilegiado e impeachment de Moraes.
Após análise da Corregedoria, a Mesa decidirá se encaminha o caso ao Conselho de Ética, que definirá a punição caso a caso. Ainda cabe recurso ao plenário, que terá a palavra final. Caso a Corregedoria entenda que não houve infração, as representações serão arquivadas.