André Corrêa do Lago cobra solução legal para garantir a participação internacional
Créditos: Matheus Campos / Amcham
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que os preços de hospedagem em Belém “realmente estão muito acima do que de outras COPs”, chegando a ser 10 a 15 vezes maiores, enquanto em edições anteriores os valores no máximo triplicavam.
Corrêa do Lago reforçou que o problema está no preço, não na oferta de acomodações, e que a Secretaria da COP e a Procuradoria do Pará analisam o tema legalmente, apesar de a legislação brasileira permitir aos hotéis definir livremente seus preços.
“Minhas intervenções começaram quando o tema passou a ter interferência na substância da COP. Se países dizem que podem não vir, aí está interferindo na COP e a Presidência tem preocupação a se manifestar”, disse Corrêa do Lago.
A desistência do presidente da Áustria de comparecer à COP30, atribuída aos altos custos de hospedagem, foi classificada por Corrêa do Lago como impressionante. “Presidente de um país rico que disse que não pode pagar hotel em Belém […] realmente é uma notícia que impressiona.”
Apesar da pressão internacional por uma nova sede, Corrêa do Lago descartou a possibilidade: “Vai ser em Belém, não tem plano B. O plano B é B de Belém. […] Acredito que será uma COP incrível e maravilhosa.”
Durante a audiência, ele também abordou os desafios globais, como o financiamento climático de US$ 1,3 trilhão por ano, defendendo soluções complexas como taxação de jatinhos e trocas de dívida por investimento, como já feito no Equador.
Corrêa do Lago ainda mencionou que, mesmo com a saída dos EUA do Acordo de Paris, 37 estados norte-americanos prometeram seguir o compromisso. “Estima-se que represente 70% do PIB americano”, destacou o presidente da COP30.
