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Plano inclui reforço na infraestrutura energética e construção de datacenters com apoio de gigantes da tecnologia

Créditos: Joshua Sukoff/Shutterstock
O governo dos Estados Unidos anunciou um pacote de investimentos de US$ 90 bilhões voltado ao fortalecimento da infraestrutura de inteligência artificial (IA), com foco em superar a concorrência chinesa no setor. O anúncio foi feito nesta terça-feira (15), durante a Cúpula de Energia e Inovação da Pensilvânia, realizada em Pittsburgh.
Do total, US$ 56 bilhões serão destinados à expansão da infraestrutura energética, enquanto US$ 36 bilhões vão financiar novos projetos de datacenters. O presidente Donald Trump afirmou que o objetivo é posicionar os Estados Unidos como líder global em IA, prometendo novos anúncios em breve.
Empresas como Google, Anthropic e Amazon participaram do evento, ao lado de representantes de grandes companhias de combustíveis fósseis, como a ExxonMobil. Além do pacote federal, a Blackstone anunciou investimentos de US$ 25 bilhões em datacenters e usinas de energia, inclusive a gás natural. O Google igualou o aporte para novos centros de dados, enquanto US$ 3 bilhões serão aplicados na modernização de barragens na Pensilvânia para ampliar a geração de energia.
Ainda em janeiro, no início do novo mandato presidencial, Trump lançou o Stargate, iniciativa privada que prevê US$ 500 bilhões em investimentos em infraestrutura de IA nos próximos quatro anos. O projeto é financiado por SoftBank e OpenAI, com apoio de empresas como Oracle, MGX, Nvidia, Arm e Microsoft.
No cenário internacional, a China também investe pesadamente em IA, com apoio direto do governo. O país abriga empresas como DeepSeek, Alibaba, Baidu e Huawei, que apostam em tecnologias de código aberto. De acordo com o The New York Times, Pequim tem priorizado a construção de datacenters, servidores de alta capacidade e semicondutores, além da criação de redes de laboratórios de pesquisa.
A ByteDance, dona do TikTok, destinou US$ 11 bilhões em 2024 para infraestrutura de IA, exemplificando o esforço chinês em manter protagonismo no setor.