Publicidade
Ketlyn Di Cris Sampaio Vieira, de 28 anos, condenada a nove anos e quatro meses de prisão por torturar a própria filha...
Créditos: Reprodução do Processo do TJ-SP
Getting your Trinity Audio player ready...

Ketlyn Di Cris Sampaio Vieira, de 28 anos, condenada a nove anos e quatro meses de prisão por torturar a própria filha, então com seis meses, foi capturada pela Polícia Civil de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ela era considerada procurada desde outubro de 2025, quando a Justiça expediu mandado de prisão. A detenção ocorreu na manhã de terça-feira (2), em uma casa no bairro Trevo, e foi registrada no 3º Distrito Policial da cidade.

O companheiro dela e padrasto da bebê, João Victor Calazans do Carmo, também foi condenado à mesma pena, mas segue foragido. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), ambos haviam sido presos em flagrante em março de 2021, mas obtiveram liberdade provisória em julho do mesmo ano, passando a responder ao processo em liberdade.

O caso veio à tona quando o casal levou a bebê à UPA Quietude com hematomas atribuídos a uma suposta queda. A equipe médica, no entanto, constatou ferimento na clavícula e seis fraturas recentes nas costelas, além de um calo ósseo indicando lesão mais antiga. Diante da inconsistência das explicações, uma enfermeira acionou o Conselho Tutelar, que notificou a Polícia Civil. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) e os relatos médicos apontaram que as lesões eram incompatíveis com queda acidental.

Com base nas evidências, o delegado determinou a prisão em flagrante do casal por tortura. Em setembro de 2024, a 1ª Vara Criminal de Praia Grande condenou mãe e padrasto a nove anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado, além da perda do poder familiar da mãe. A Defensoria Pública recorreu, mas a 8ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP manteve a condenação em janeiro de 2025, por unanimidade.

Segundo o relator do recurso, desembargador Juscelino Batista, ficou comprovado que a criança sofreu ferimentos intensos em mais de uma ocasião, sem explicação plausível. Fotografias, laudos médicos e testemunhos reforçaram o entendimento da Justiça.

Após a emissão dos mandados de prisão em outubro de 2025, Ketlyn permaneceu foragida até ser localizada pela polícia. Ela passou por audiência de custódia na quarta-feira (3), quando a prisão foi mantida.

Destaques ISN

Relacionadas

Menu