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Um avião oficial do governo da Venezuela, já utilizado pelo ditador Nicolás Maduro em viagens internacionais, realizou neste sábado (29) um voo incomum até a região de fronteira com o Brasil, em meio a um momento de grande pressão política e militar dos Estados Unidos sobre Caracas.
A aeronave, um Airbus A319-133 operado pela estatal Conviasa e classificada como “avião VIP presidencial”, partiu de Caracas com destino ao aeroporto de Santa Elena de Uairén — cidade venezuelana localizada a poucos quilômetros da fronteira com o estado de Roraima. O jato permaneceu pouco tempo em solo e retornou para a capital venezuelana. Até agora, não há confirmação de que Maduro estivesse a bordo.
Movimento chamou atenção
O voo despertou atenção por três motivos principais:
- A aeronave já foi utilizada por Maduro em deslocamentos oficiais;
- Santa Elena de Uairén é uma das cidades mais próximas ao Brasil, com acesso rápido por terra até Pacaraima (RR);
- O deslocamento ocorreu em um momento em que os Estados Unidos aumentaram a pressão militar e diplomática contra a Venezuela.
Apesar da movimentação, não existe nenhuma confirmação oficial de que o voo tenha relação com uma tentativa de fuga. Essa interpretação circulou principalmente em redes sociais e análises especulativas, mas não foi adotada pelo governo dos EUA nem por fontes ligadas ao governo brasileiro.
Brasil monitora a região
Conforme apurações de bastidores, o Exército e a Polícia Federal acompanham os movimentos na fronteira, mas não identificaram qualquer indício de que Maduro tenha cruzado para o território brasileiro, tampouco houve sinal de pedido de asilo ou deslocamento de autoridades venezuelanas para o Brasil.
O governo brasileiro mantém atenção especial sobre a faixa de fronteira devido ao contexto geopolítico atual, mas descarta — até agora — qualquer evidência de fuga ou evacuação de autoridades venezuelanas.
Como os Estados Unidos reagiram
O voo ocorreu em meio a um momento delicado nas relações entre EUA e Venezuela. Washington reforçou operações militares no Caribe e impôs novas restrições aéreas, além de manter sanções contra o governo Maduro.
Apesar disso, os Estados Unidos não trataram publicamente esse voo como uma possível fuga. O que existe, por enquanto, são análises de risco dentro do cenário militar e psicológico de pressão sobre Caracas.
