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Maurício Gonçalves Garcia, de 28 anos, estudante de Direito, foi preso acusado de matar sua mãe, a professora aposentada Eliana Roschel, de 61 anos, em Parelheiros, zona sul de São Paulo. Segundo a investigação, após o crime ele decepou o dedo da vítima para tentar desbloquear o celular e movimentar contas bancárias. Em seguida, levou o corpo para um terreno baldio e colocou fogo.

A prisão só ocorreu após outro crime: um assalto a um posto de combustível, que acabou levando à descoberta do homicídio. A prisão temporária de Maurício foi decretada pela Justiça, e ele está detido no Centro de Detenção Provisória do Cambuci, em São Paulo.

Como tudo começou

No dia 10 de novembro de 2025, uma discussão dentro de casa terminou com a morte de Eliana. Maurício teria empurrado a mãe escada abaixo, fazendo com que ela batesse a cabeça e ficasse inconsciente. Em vez de pedir socorro, ele fugiu do local.

Somente dois dias depois ele voltou à residência — e encontrou o corpo da mãe já sem vida. Foi então que iniciou os atos mais cruéis:

  • Decepou um dedo da vítima para tentar desbloquear o celular;
  • buscava senhas bancárias e dados de acesso;
  • durante cerca de dez dias, respondeu mensagens como se fosse a mãe, para manter a ilusão de que ela estava viva.Tentativa de ocultar o crime

Após a mutilação, Maurício enrolou o corpo em um lençol, colocou no carro da vítima e dirigiu até um terreno baldio. Lá, ateou fogo para tentar eliminar provas. Mesmo após a queima do corpo, continuou utilizando o celular da mãe para evitar suspeitas.A reviravolta: preso por outro crime

Maurício foi detido não pelo homicídio, mas após assaltar um posto de combustível. Na delegacia, policiais desconfiaram do desaparecimento da mãe e iniciaram as investigações.

Ele confessou o crime, mas alegou que tudo foi “sem querer”. Segundo ele, a morte de sua mãe teria sido um acidente durante a discussão. No entanto, o depoimento não convenceu a polícia, que encontrou fortes evidências de premeditação e tentativa de ocultação do corpo.

Após ser confrontado, Maurício indicou onde havia abandonado o corpo e queimado as provas. Na casa da família, foram encontrados vestígios de sangue e sinais de limpeza recente.

Histórico de agressões

Parentes disseram à polícia que não era a primeira vez que a vítima sofria violência dentro de casa:

  • há cerca de dois anos, ela teria sido amarrada com fita adesiva e furtada pelo próprio filho;
  • a vítima não registrou boletim de ocorrência;
  • acreditava que ele pudesse “mudar”.

Situação atual e investigação

Maurício está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória do Cambuci, em São Paulo. A Justiça autorizou a prisão por 30 dias, e a polícia busca esclarecer:

  • se houve planejamento ou premeditação;
  • possível motivação financeira;
  • se há outros envolvidos;
  • qual foi a movimentação bancária antes e depois da morte.

O perfil psicológico do investigado também está sendo analisado. O caso deve ser enquadrado como homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude patrimonial, podendo gerar uma pena elevada.

Linha do tempo do caso

Data Acontecimento
10/11 Discussão e morte dentro de casa
12/11 Corpo já sem vida é encontrado pelo filho
12 a 22/11 Filho se passa pela mãe e tenta acessos bancários
22/11 Suspeito é preso por assalto
Dias depois Confessa o homicídio e revela o local do corpo

Pontos que aparecem como chave para a investigação

  • a decisão de decepar o dedo indica possível motivação financeira;
  • tentativa de manter a rotina da mãe via celular mostra cálculo e frieza;
  • comportamento calculista mesmo após a morte;
  • histórico de agressões anteriores reforça que o crime pode não ter sido acidente;
  • versão de “crime sem querer” parece inconsistente com os fatos encontrados.

Próximos passos da polícia

A investigação agora busca:

  • extratos bancários e registros de acesso;
  • mensagens apagadas;
  • histórico médico e psicológico do suspeito;
  • entrevistas com colegas e professores da faculdade de Direito.

O caso está sob segredo de justiça e deve ser enquadrado como homicídio qualificado com ocultação de cadáver e fraude patrimonial.

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