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Um incêndio na Penitenciária de Marília, no interior de São Paulo, provocou 11 mortes na tarde desta terça-feira (25), segundo informou a Prefeitura de Marília. Os trabalhos de socorro mobilizaram equipes do Samu, do Hospital das Clínicas de Marília e do Corpo de Bombeiros, e revelaram a gravidade da ocorrência dentro de uma unidade já marcada pela superlotação.
Detento causou a tragédia
O fogo teve início no setor de inclusão, área destinada a presos recém-chegados, após um detento atear fogo nos próprios colchões, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Policiais penais foram os primeiros a agir e conseguiram controlar parte das chamas antes da chegada do Corpo de Bombeiros. O Samu prestou atendimento imediato aos feridos — todos encaminhados em estado grave.
Informações desencontradas
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Prefeitura de Marília: confirmou 11 mortos, sendo cinco dentro do presídio e seis em unidades de saúde.
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SAP (governo estadual): confirma sete mortes de detentos, por inalação de gases tóxicos.
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21 pessoas foram hospitalizadas, segundo a prefeitura — mas não está claro se todas eram detentos.
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O Hospital das Clínicas de Marília ativou plano de contingência e suspendeu as visitas noturnas.
Superlotação agravou a tragédia
A penitenciária operava com 1.080 presos, mesmo tendo capacidade para apenas 622 vagas. A prisão foi inaugurada em 1989 e tem 13.800 m² de área construída. A superlotação pode ter dificultado a evacuação e agravado os efeitos da fumaça tóxica.
Policiais penais também foram afetados
O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de São Paulo (Sinppenal) informou que quatro policiais penais foram internados após inalar fumaça durante o combate às chamas.
Prefeitura
O prefeito de Marília, Vinicius Camarinha, lamentou as mortes e afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde atuou desde os primeiros minutos do incêndio no apoio às vítimas e remoções.
“Esperamos que a situação seja normalizada o mais rápido possível”, declarou.
