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A estátua presenteada pela China ao Brasil durante a COP30, intitulada “Espírito Guardião Dragão‑Onça”, tem gerado uma grande polêmica nas redes sociais e entre grupos religiosos. Enquanto muitos consideram a obra uma homenagem à Amazônia e um símbolo de cooperação internacional, outros afirmam que se trata de um objeto relacionado a cultos satânicos. Mas o que realmente representa essa escultura? Neste texto, desmistificamos a obra, explicamos sua origem e o verdadeiro significado.

O momento da apresentação e a polêmica gerada

Em 16 de novembro de 2025, a estátua “Espírito Guardião Dragão‑Onça” foi oficialmente apresentada ao público na Praça da Bandeira, em Belém, como parte das atividades da COP30. O evento marcou a entrega da escultura pela China ao Brasil, como parte de um legado cultural do evento. Porém, o que era para ser uma celebração da arte e da natureza logo gerou controvérsias nas redes sociais.

Especialmente entre grupos evangélicos, a obra foi associada a elementos de rituais satânicos. Alegações como “entrega do país nas mãos do diabo” e “símbolos diabólicos” começaram a circular, alimentadas por imagens da escultura e interpretações distorcidas de sua simbologia. Muitos chegaram a afirmar que os “chifres” visíveis na escultura eram uma evidência de ligação com o satanismo.

No entanto, especialistas e verificadores de fatos rapidamente desmentiram essas acusações, explicando que a estátua é um símbolo de proteção ambiental e cooperação cultural, e não tem conotação religiosa ou diabólica.

Quem criou a estátua?

A escultura foi criada pela artista chinesa Huang Jian, amplamente reconhecida por suas obras que exploram a mitologia e a natureza. Huang Jian é uma artista que trabalha com elementos culturais profundos da China e tem se destacado por suas criações em bronze, explorando temas de preservação ambiental e conexão entre povos.

A escolha de Huang Jian para criar a peça foi uma parceria entre o governo da China e a Prefeitura de Belém, destacando a importância da cooperação internacional no contexto da preservação da Amazônia. O material utilizado, o bronze, é tradicionalmente associado à durabilidade e à solenidade, qualidades que o tornaram uma escolha adequada para um presente de tamanha importância cultural e ambiental.

O custo da obra: quanto foi investido na estátua?

Até o momento, o custo exato da estátua não foi divulgado pelas autoridades responsáveis pela doação. Porém, dados preliminares sobre a obra sugerem que a escultura foi financiada pela China como parte de um projeto cultural global em torno da COP30. Vale ressaltar que o custo de obras semelhantes realizadas por Huang Jian em eventos internacionais pode alcançar milhões de dólares, considerando o tamanho, o material de bronze e o processo artístico envolvido.

O Real significado da escultura: guardião da floresta amazônica

A estátua “Espírito Guardião Dragão‑Onça” não possui qualquer ligação com práticas religiosas ou rituais. Pelo contrário, ela foi projetada para representar a proteção da floresta amazônica e a cooperação entre Brasil e China na luta contra as mudanças climáticas.

A obra é uma união simbólica entre o dragão chinês, conhecido por sua força, sabedoria e capacidade de proteção, e a onça-pintada, um dos maiores símbolos da fauna amazônica. Dessa forma, a escultura simboliza a força da natureza e o compromisso dos dois países com a preservação ambiental.

De acordo com Huang Jian, a estátua visa a transmitir uma mensagem de unidade e proteção ambiental, além de servir como um emblema cultural para o Brasil e para a China, reafirmando a importância da colaboração internacional na proteção dos biomas mais importantes do mundo, como a Amazônia.

Onde será exposta a estátua?

A escultura “Espírito Guardião Dragão‑Onça” ficará permanentemente instalada na FreeZone Cultural Action, uma área da Praça da Bandeira, em Belém, que já foi planejada para abrigar outras manifestações culturais relacionadas à COP30. O espaço foi escolhido para garantir que a escultura seja acessível ao público, tanto para os habitantes locais quanto para os turistas que visitam a cidade.

A obra será parte do legado cultural deixado pela COP30, com a intenção de inspirar e sensibilizar as futuras gerações sobre a importância da preservação ambiental e a relação simbólica entre as culturas brasileira e chinesa.

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