|
Getting your Trinity Audio player ready...
|
O criminoso Roberto Soriano, de 51 anos, conhecido como Tiriça, foi colocado em regime de isolamento disciplinar após agentes penitenciários encontrarem um osso de galinha afiado escondido em sua cela, na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O objeto foi identificado durante uma vistoria de rotina dentro da unidade.
Segundo informações internas, o instrumento improvisado poderia ser usado como arma perfurante, o que motivou a aplicação imediata de sanções disciplinares. Tiriça foi transferido para um espaço de contenção individual enquanto o caso é analisado.
Por que Tiriça está preso
Roberto Soriano é um dos criminosos mais conhecidos da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Condenado por crimes como tráfico, homicídios e participação ativa na liderança da organização, ele cumpre pena no sistema federal justamente por ser considerado de altíssima periculosidade.
A ida para Mossoró faz parte da estratégia do governo federal de espalhar lideranças do crime organizado pelo país, evitando concentrações de poder e reduzindo a comunicação entre membros da facção.
Tiriça já passou por unidades federais do Paraná e de Rondônia antes de chegar ao Rio Grande do Norte.
Rivalidade com Marcola dentro e fora da facção
Apesar de ter sido um nome influente dentro do PCC, Tiriça é apontado como um dos presos que romperam com Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o principal líder da facção.
A rivalidade começou após desentendimentos internos sobre comando, repasses financeiros e decisões estratégicas dentro do crime organizado. Investigações apontam que essa ruptura fez com que Tiriça perdesse espaço e fosse considerado “queimado” entre integrantes fiéis a Marcola.
Esse cenário coloca Tiriça em um grupo sensível dentro do sistema penitenciário federal, já que divergências internas do PCC costumam resultar em ameaças, tentativas de agressão e necessidade de isolamento constante para evitar conflitos.
Segurança reforçada em Mossoró
Após a descoberta do osso afiado, a penitenciária reforçou os procedimentos de revista e monitoramento. O caso reacende preocupações sobre materiais improvisados que podem ser transformados em armas mesmo dentro de unidades de segurança máxima.
A direção da penitenciária não detalhou por quanto tempo Tiriça permanecerá no regime de isolamento.
