Os 80 anos do Orquidário Municipal (Praça Washington s/nº, José Menino), comemorados no próximo dia 11, serão celebrados com uma festa e diversas atrações neste sábado (8), em frente à entrada principal do parque. Haverá atrações internas também.

O parque municipal, que faz parte da história de milhares de santistas e turistas, tem diversão com início às 9h30, com apresentação e aula de capoeira.

Ao longo do dia, haverá atividades de educação ambiental, brinquedos infláveis, oficina de fantoches, dança e apresentação musical. A festa segue até às 17h.

O destaque fica para o tradicional parabéns, às 13h, com corte de bolo. Ao longo dia também haverá pipoca, crepe, sorvete e algodão doce.

Na parte interna, os visitantes poderão participar da atividade Varal Comemorativo, uma contação de histórias do equipamento público com os monitores do programa Vovô Sabe Tudo.

Os visitantes também poderão conferir exposição de fotografias dos 80 anos do parque.

O Orquidário fica aberto de terça a domingo, das 9h às 18h. A bilheteria fecha às 17h30. Ingressos custam R$10, com pagamento somente em dinheiro.  Menores de oito anos e maiores de 65 anos têm entrada gratuita. Crianças entre 8 e 12 anos, estudantes e professores pagam meia-entrada com apresentação de documento.

PROGRAMAÇÃO (PARTE EXTERNA)

9h30 às 10h30 – Apresentação de Capoeira e mini aula com professor Igor Perrone.

9h30 às 11h – Dobradura e diário contando a história do parque com a equipe de Educação Ambiental.

10h30 às 11h30 – Oficina de pintura e confecção de fantoches com Ateliê Mamãe Arteira e Fada do Dente

11h às 15h – Atividades com a tenda do Aquário e Mesa de Investigação Marinha

10h às 16h – Brinquedos infláveis (cama elástica, piscina de bolinhas, castelinho e outros).

11h às 14h – Carrinhos de pipoca, crepe e sorvete.

11h30 às 13h30 – Personagens temáticos infantis

13h – Parabéns

14h às 14h30 – Coral Tam Tam

15h às 16h – Apresentação banda Veiacos

16h – Apresentação Musical – Carolina Ramiro

PROGRAMAÇÃO (PARTE INTERNA)

O dia todo – Atividade Varal Comemorativo – contação de histórias do parque com os monitores do programa Vovô Sabe Tudo.

O dia todo – No Salão de Exposições, exposição de fotografias dos 80 anos do parque.

Parque nasceu pelo amor de Júlio Conceição pelas plantas

Inaugurado em 1945, o Orquidário Municipal de Santos foi fundado a partir do amor de um homem pelas plantas. O parque foi idealizado ainda em 1903, quando o engenheiro Saturnino de Brito previu, em seu plano de saneamento para a cidade de Santos, a desapropriação de terrenos para facilitar o acesso à Usina de Tratamento e para a construção de um parque público. O terreno, que era um campo de futebol, foi desapropriado em 1909 e doado pelo Estado à Prefeitura em 1914.

Mas, a ideia de construir no local só foi colocada em prática anos depois, após o falecimento do comendador Júlio Conceição, em 1938. Ele, que foi considerado o primeiro orquidófilo do Brasil, cultivava mais de 90 mil mudas de orquídeas em sua chácara no Boqueirão, conhecida como Parque Indígena.

Ele foi o primeiro estabelecimento de visitação pública e referência turística na Cidade, além de ser considerado, na época, o maior orquidário ao ar livre do mundo.

ABERTURA

O Parque Indígena foi aberto ao público em 1932 e permaneceu em funcionamento até 1940, mesmo após a morte de Conceição. Porém, em 1944, a área foi loteada e parte do patrimônio biológico vendido por valor simbólico à Prefeitura para a formação do Orquidário Municipal. Desde então, milhares de pessoas puderam conhecer o patrimônio deixado pelo orquidófilo e as mais de 20 atrações agregadas posteriormente. Somente neste ano, foram mais de 93 mil visitantes no equipamento.

IMPORTÂNCIA

Claudio Trovão, diretor de Parques e Vida Animal, destaca a importância do Orquidário e o papel do programa Santos Sustentável no enfrentamento das mudanças climáticas. “Esse cinturão verde tem um papel fundamental no controle dos problemas climáticos. A preservação dessas áreas contribui diretamente para a manutenção da Mata Atlântica,da qual o Orquidário é uma extensão viva e ajuda a combater os impactos das mudanças no clima. Nossa meta é ampliar cada vez mais as áreas verdes na zona urbana”.

O parque já passa por melhorias e tem novos planos em andamento. “Estamos organizando um planejamento para tornar o Orquidário um espaço ainda mais moderno. Já executamos projetos de reforma nos recintos dos animais, buscando sempre melhorar a qualidade de vida deles”, complementa Trovão.

MATA ATLÂNTICA

O Orquidário é um parque zoobotânico que reproduz a Mata Atlântica. No local, há cerca de 1,5 mil orquídeas de 60 espécies, a grande maioria afixada nas árvores. Cerca de 1.500 árvores e arbustos, com exemplares de diversos países, também compõem a flora. São espécies frutíferas e medicinais, além de nativas.

Logo quando se entra, se avista o famoso pergolado e, logo atrás dele, a fonte Ninfa de Náiade, que dá as boas-vindas aos visitantes.

Transitando livres, estão as cutias e o pavão. Já nos recintos, podem ser visitados os primatas (bugios e saguis); as aves de rapina (corujas e gaviões); felinos (gato-do-mato) e araras (canindé, vermelha e azul). Ao todo, são cerca de 450 animais de 45 espécies vivendo no parque.

A bióloga Amanda Prado, que atua no equipamento, reforça o compromisso com a preservação da fauna. Atualmente, o parque desenvolve três programas de conservação: do bugio-ruivo, do papagaio-de-cara-roxa e do saguí-da-serra-escura.

“Os animais desses programas acabam se tornando símbolos da conservação, pois todos estão ameaçados de extinção. A educação ambiental tem um papel essencial ao abordar temas como a perda de habitat e a poluição, que ameaçam essas espécies. Com esses programas, buscamos garantir a viabilidade das populações no ambiente natural, tanto no presente quanto no futuro”.