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O ex-deputado estadual e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), Paulo Frateschi, de 75 anos, morreu nesta quinta-feira (6), após ser esfaqueado pelo próprio filho, Francisco Frateschi, de 34 anos, em São Paulo. O crime ocorreu na Vila Ipojuca, zona oeste da capital, durante um surto do agressor.
Segundo informações da Polícia Militar, Francisco atacou o pai com uma arma branca, ferindo-o no abdômen, cabeça e braço. O ex-parlamentar chegou a ser socorrido e levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
A mãe do agressor, Yolanda Vianna, de 64 anos, tentou intervir e também foi ferida, assim como a irmã de Francisco, de 42 anos. As vítimas estavam na capital para que o rapaz passasse por atendimento psiquiátrico, conforme relataram pessoas próximas à família. Ele estaria sob efeito de medicamentos desde o dia 31 de outubro.
Francisco foi contido e encaminhado ao 91º Distrito Policial, onde o caso será investigado. A cena do crime foi preservada pela Polícia Militar.
Paulo Frateschi teve atuação marcante na política paulista. Deputado estadual entre 1983 e 1987, foi também presidente do diretório estadual do PT em São Paulo e secretário de Relações Governamentais na gestão de Fernando Haddad na Prefeitura paulistana, em 2014. Durante a ditadura militar, integrou a Ação Libertadora Nacional (ALN) e foi preso e torturado em 1969.
O PT lamentou a morte do ex-parlamentar, destacando sua trajetória de luta e dedicação. “Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo”, afirmou o diretório nacional em nota.
