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Nesta quarta (29), dia seguinte a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão — classificada pelo governo como a mais letal da história do RJ em ações policiais — moradores passaram a levar corpos retirados da mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas (Penha, Zona Norte). As contagens feitas no local por moradores variam entre “mais de 40”, “mais de 50” e “mais de 60” corpos. Até o momento, autoridades não detalharam quantas dessas vítimas constam no balanço oficial.
Balanço oficial até agora
O governo do RJ informou, ao fim de terça (28/10), 64 mortos na operação: 60 suspeitos e 4 policiais (2 civis e 2 do Bope). O balanço também registra 81 presos e a apreensão de 93 fuzis, além de outras armas e explosivos. A ação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar.
O que se sabe sobre os corpos levados à praça
- Local e dinâmica: moradores relatam que os corpos foram retirados da mata da Vacaria, área onde ocorreram confrontos intensos, e transportados em caçambas de caminhonetes até a Praça São Lucas. No local, formou-se uma fila de cadáveres durante a madrugada, enquanto familiares e vizinhos tentavam fazer reconhecimento.
- Números divergentes: as contagens no local não são oficiais e variam conforme quem contabiliza. Não há confirmação de que essas vítimas já estejam ou não no total de 64 informado pelo governo.
- Status oficial: até a manhã desta quarta (29/10), não havia detalhamento público sobre a perícia, a remoção ao IML e a integração (ou não) dessas mortes ao total oficial.
Contexto da megaoperação (28/10)
Batizada de “Operação Contenção”, a ação mirou estruturas do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, com mandados de prisão e de busca, apreensão de armamento pesado e prisões de suspeitos, inclusive lideranças. O governo classificou a ação como a maior dos últimos 15 anos e, pelo saldo informado na terça, a mais letal já registrada no estado.
Impactos na cidade
Durante a operação houve bloqueios viários, suspensão de serviços, fechamento de escolas e unidades de saúde na região. O trânsito enfrentou longos congestionamentos e o transporte público sofreu alterações. Relatos apontaram ainda o uso de drones com artefatos explosivos por criminosos.
