O advogado Martin de Luca, representante do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez críticas e ironias ao encontro entre o líder americano e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorrido neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a cúpula da Asean. Em uma série de postagens na rede social X (antigo Twitter), De Luca minimizou a importância da reunião e alfinetou declarações feitas por Lula.

“Lula disse ao presidente Donald Trump que o que aconteceu com Bolsonaro foi feito por um ‘Poder Judiciário totalmente independente’ e com ‘amplo direito de se defender’. Ai”, escreveu o advogado, em tom sarcástico.

Em outra publicação, ironizou a repercussão positiva dada pelo governo brasileiro ao encontro: “Você sabe que uma reunião é um sucesso retumbante quando um lado fica completamente em silêncio, e o outro se apressa em declará-la ‘ótima’ — citando orgulhosamente como prova que ambos os lados concordaram que suas equipes se reuniriam em breve para iniciar negociações… que já vêm acontecendo há semanas. Como dizem em Brasília — progresso.”

Martin também insinuou que Lula buscava “validação” ao encontrar Trump. “Quando você está desesperado por validação, voar 24 horas para uma sessão de fotos na Malásia se torna um encontro histórico”, afirmou. “Papai mandou um oi e Lula está comemorando como se tivesse acabado de vencer a 2ª Guerra Mundial”, escreveu, em tom provocativo.

O advogado ainda fez referência à fala de Lula sobre o possível fim do “tarifaço” imposto pelos EUA a produtos brasileiros. “Infelizmente, depende do Alexandre de Moraes, certo Lula?”, ironizou, em alusão ao ministro do Supremo Tribunal Federal, um dos alvos da chamada Lei Magnitsky, que resultou em sanções americanas.

O encontro entre os presidentes marcou o início formal das negociações por um acordo comercial entre os dois países. Lula afirmou que, se dependesse dele e de Trump, o tratado sairia em breve.