Publicidade
Uma falha no sistema de computação em nuvem da Amazon Web Services (AWS) deixou fora do ar, por cerca de 15 horas, mais de...
Créditos: Reuters
Getting your Trinity Audio player ready...

Uma falha no sistema de computação em nuvem da Amazon Web Services (AWS) deixou fora do ar, por cerca de 15 horas, mais de 500 serviços online em todo o mundo na segunda-feira (20). Entre os afetados no Brasil estão plataformas como iFood, Mercado Livre, Itaú e PicPay.

O problema foi identificado às 4h11 (horário de Brasília) na região US-EAST-1, o principal grupo de data centers da AWS localizado no norte da Virgínia, Estados Unidos. O serviço só foi totalmente restabelecido às 19h01, no mesmo dia.

Origem da falha

De acordo com a Amazon, a origem da falha foi um erro no sistema de resolução de DNS do DynamoDB, banco de dados de alta performance usado por aplicativos que exigem rapidez e estabilidade. O DNS é o sistema que transforma nomes de sites em endereços IP que os computadores conseguem entender. Quando esse mecanismo falha, o acesso aos dados e aos servidores se torna instável ou impossível.

Além disso, houve problemas para criar novos servidores virtuais no Elastic Compute Cloud (EC2), outro serviço crítico da AWS, que permite expandir ou reduzir a capacidade de processamento conforme a demanda. O travamento do EC2 comprometeu a capacidade de resposta de várias empresas.

Local da falha

A região US-EAST-1, localizada no estado da Virginia (EUA) é a mais antiga da AWS, criada em 2006, e continua sendo a mais usada globalmente devido ao menor custo e à grande variedade de serviços. Por isso, qualquer instabilidade ali tem reflexo direto e imediato em operações de empresas no mundo inteiro.

Para Thiago Bordini, especialista em segurança cibernética, a diferença de custo entre data centers — como o do Brasil, por exemplo — leva muitas companhias a optarem por essa região americana, mesmo com riscos. “A diferença de poucos centavos por hora se multiplica por milhões de processamentos. Parece pouco, mas é muito dinheiro envolvido”, explicou.

Ken Birman, professor da Universidade Cornell (EUA), criticou a falta de planejamento de algumas empresas. “Muitas pulam a etapa de proteção contra falhas para economizar. São essas que mais sofrem em situações como essa”, disse.

Falhas recorrentes

A própria região US-EAST-1 já havia registrado falhas semelhantes em 2020 e 2021. A última pane desta magnitude havia ocorrido em julho de 2024, quando uma falha na empresa de segurança CrowdStrike causou instabilidades em hospitais, bancos e aeroportos pelo mundo.

Destaques ISN

Relacionadas

Menu