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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (23) que seu governo não vai parar até que a ameaça dos cartéis de drogas seja “total e completamente erradicada”. Em pronunciamento, Trump garantiu que agora os cartéis são tratados como “a principal ameaça à segurança nacional” e prometeu uma ofensiva sem precedentes contra essas organizações.
“Sob o governo Trump, estamos finalmente tratando os cartéis como a principal ameaça à segurança nacional, o que eles realmente são. Os cartéis estão travando uma guerra contra os Estados Unidos e, como prometi na campanha, estamos travando uma guerra contra eles como nunca antes”, declarou o presidente. Ele acrescentou que, diferentemente de administrações passadas que buscavam mitigar o problema, sua gestão busca eliminar os grupos: “Não estamos mitigando, estamos eliminando, estamos tirando-os de lá”.
Em tom duro, Trump comparou os cartéis ao grupo extremista Estado Islâmico: “Deveria ser claro agora para o mundo inteiro que os cartéis são o Estado Islâmico do hemisfério ocidental”, afirmou, citando ainda atos de violência extrema atribuídos aos grupos.
A fala do presidente ocorre após declarações do secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, que nos últimos dias qualificou os cartéis como a “Al-Qaeda do nosso hemisfério” e anunciou operações letais contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico. Segundo Hegseth, essas operações têm autorização do presidente e visam organizações que ele classifica como “narcoterroristas”.
O discurso de Trump reforça a postura mais agressiva do governo americano no combate ao tráfico internacional de drogas, com promessa de ações continuadas até a erradicação da ameaça. Autoridades dos EUA destacam que a abordagem busca não apenas prender líderes, mas também desmantelar estruturas logísticas e financeiras das organizações.
Críticos, entretanto, têm alertado para riscos de escalada e para a necessidade de coordenação internacional e respeito a marcos legais e direitos humanos nas operações transnacionais. Até o momento, o governo americano tem sustentado que suas ações são direcionadas a organizações que operam em águas internacionais e são responsáveis por grande parte do abastecimento de drogas que afetam cidades dos EUA.
