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O Ministério das Relações Exteriores impôs sigilo de cinco anos a dois telegramas enviados pela embaixada brasileira...
Créditos: Danilo Verpa/Folhapress
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O Ministério das Relações Exteriores impôs sigilo de cinco anos a dois telegramas enviados pela embaixada brasileira nos Estados Unidos que envolvem o conglomerado de proteína animal JBS e os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da empresa.

Como revelado pela Folha de S.Paulo, Joesley Batista se reuniu com o então presidente dos EUA, Donald Trump, para tratar das tarifas comerciais impostas ao Brasil. Na ocasião, o empresário defendeu que as divergências comerciais entre os países pudessem ser resolvidas por meio do diálogo bilateral. Além das tarifas sobre carne, ele também discutiu a taxação da celulose, que posteriormente foi reduzida.

O encontro entre Batista e Trump ocorreu pouco antes de um gesto de aproximação do ex-presidente americano em relação a Luiz Inácio Lula da Silva durante a Assembleia-Geral da ONU. Esse gesto desencadeou um processo de negociações concretas entre os dois países, que deve culminar no encontro entre os presidentes no próximo domingo (26), na Malásia.

O sigilo dos documentos foi decretado pelo ministro de segunda classe Kassius da Silva Pontes, lotado em Brasília. O primeiro telegrama, de 14 de julho, trata de uma análise sobre investimentos de empresas brasileiras nos Estados Unidos. Já o segundo, datado de 31 do mesmo mês, é descrito como um relato sobre uma comissão temporária de interlocução econômica entre Brasil e EUA.

Segundo o jornal O Globo, que teve acesso ao termo de classificação da informação, o documento não apresenta justificativas detalhadas para o sigilo, limitando-se a classificá-lo como “dado classificado”.

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