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A Prefeitura de São Paulo inaugurou nesta segunda-feira (20) o primeiro Ecoponto Têxtil da capital. O espaço, localizado...
Créditos: Divulgação
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A Prefeitura de São Paulo inaugurou nesta segunda-feira (20) o primeiro Ecoponto Têxtil da capital. O espaço, localizado na Rua Cachoeira, 958, no bairro do Brás — maior polo de moda e atacado da América Latina — funcionará 24 horas por dia e tem capacidade para receber até 300 toneladas de resíduos têxteis por mês.

A iniciativa busca solucionar o problema crônico do descarte irregular de tecidos na região central, que concentra mais de 6 mil confecções e recebe diariamente cerca de 200 mil pessoas, gerando uma receita anual estimada em R$ 26 bilhões. Dados da prefeitura apontam que só no Centro são descartadas 103 toneladas de tecido por dia.

Todo o material descartado no Ecoponto Têxtil Brás será destinado ao reaproveitamento. Parte será transformada em CDR (Combustível Derivado de Resíduo), utilizado em fornos industriais como alternativa aos combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de gases poluentes. Também há possibilidade de uso em atividades de artesanato e reutilização em cadeias produtivas.

A implantação do novo ecoponto custou R$ 373 mil e atende a uma antiga demanda de comerciantes e empresários do setor. Os dois ecopontos da Mooca, que antes recebiam esse tipo de material, foram desativados para centralizar o atendimento na nova unidade.

Para o catador Edivan Silva, que atua no Brás, a medida vai facilitar o trabalho diário. “Todo dia a gente encontra tecido. Bastante. Agora vai ser mais fácil descartar e ajudar o meio ambiente”, relatou.

Durante a inauguração, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) destacou que a ação também visa melhorar a qualidade de vida no bairro, evitar enchentes e reduzir focos de animais, além de contribuir com o meio ambiente. A cidade mantém ainda 129 ecopontos convencionais para o descarte de entulho, móveis e outros resíduos urbanos.

A cidade de São Paulo emprega cerca de 155 mil pessoas no setor da moda, sendo 32% do total estadual. No Brás, são mais de 25 mil microempresas de confecção — o que explica a necessidade de soluções específicas para a destinação correta dos resíduos têxteis.

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