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Uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (24), no interior de São Paulo, neutralizou um plano do Primeiro Comando...
Créditos: Divulgação/Governo de SP
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Uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (24), no interior de São Paulo, neutralizou um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar autoridades públicas. Entre os principais alvos estavam o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios Roberto Medina, ambos atuantes na repressão à facção.

Coordenada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Polícia Civil, a Operação Recon cumpriu 25 mandados de busca e apreensão nas cidades de Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1).

As investigações revelaram a existência de uma célula do PCC estruturada de forma compartimentada e altamente disciplinada. O grupo era responsável por levantar rotinas detalhadas de autoridades públicas e seus familiares, com o objetivo de executar atentados previamente planejados.

Segundo o MPSP, os criminosos já haviam mapeado os hábitos diários das vítimas. Cada integrante da célula desempenhava uma função específica, sem acesso ao plano completo, o que dificultava a detecção da trama. A fase de reconhecimento e vigilância foi interceptada, impedindo o avanço do plano.

Durante a operação, materiais e equipamentos foram apreendidos e serão submetidos à perícia. A expectativa é que esses elementos auxiliem na identificação dos responsáveis pela etapa de execução e revelem a cadeia de comando da facção.

Jurado de Morte

Lincoln Gakiya, promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), é alvo de ameaças do PCC desde 2005 e vive sob escolta policial 24 horas por dia há mais de uma década. Ele é reconhecido por sua atuação contra a cúpula da facção, tendo participado de operações como a transferência de líderes do PCC em 2019, após a descoberta de um plano de resgate.

Em entrevistas recentes, Gakiya destacou a autonomia operacional da facção e a semelhança de sua rotina com a de membros do grupo que combate. “De certa maneira, eu teria mandado esses criminosos para o isolamento, e eu também fui isolado junto com eles”, afirmou ao jornalista Pedro Bial.

As autoridades seguem investigando o caso para localizar outros envolvidos e desarticular totalmente o plano criminoso.

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