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O sonho de ter um aeroporto civil em Guarujá, começou a ser desenhado ainda nas décadas de 1980 e 1990. A trajetória do projeto ainda não concretizado, foi marcado por altos e baixos, com várias administrações tentando, sem sucesso, viabilizar o projeto.

Maurici Mariano – Em fevereiro de 1997 a notícia da construção de um aeroporto em Guarujá estampava as manchetes de jornais. A informação era confirmada pelo gabinete do presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), brigadeiro Adyr da Silva. Para viabilizar o projeto, a empresa que administra os aeroportos no país negociava com o Ministério da Aeronáutica o aproveitamento da área da Base Aérea de Santos, localizada no distrito de Vicente de Carvalho.
O investimento previsto na época girava em torno de R$ 20 milhões para receber aviões de porte médio. terminal de passageiros, pátios e sistema viário de acesso ao aeroporto. Metade do investimento seria bancado pela Infraero. O restante dividido entre Estado e município. Em uma reunião que aconteceu em Brasília, o brigadeiro Adyr da Silva prometeu ao prefeito do Guarujá, Maurici Mariano (PTB) que o aeroporto estaria operando em janeiro de 1998. O empreendimento era visto pela administração municipal como a maior cartada para recuperar a imagem da cidade, deteriorada ao longo dos anos.

Farid Madi – Em setembro de 2007 a ministra do Turismo, Marta Suplicy, e o prefeito de Guarujá, Farid Madi, assinaram protocolo de intenções para o aeroporto da cidade. Na ocasião, a ministra se comprometeu a fazer a articulação entre Anac, Aeronáutica e Infraero, para separar as áreas civil e militar.
Em fevereiro do ano seguinte foi assinado contrato de repasse de investimentos para o aeroporto no valor total de R$ 4 milhões. Participaram da cerimônia – realizada no Casa Grande Hotel – as deputadas estaduais Haifa Madi e Maria Lucia Prandi, o comandante da Base Aérea de Santos, Jorge Tibecherani, Valter Batista, secretário de Turismo do Guarujá, e o vereador Ituo Sato.
Na época, Marta Suplicy ressaltou: “o Aeroporto Metropolitano representa incremento à aviação regional e mais possibilidades de acesso dos turistas a esta bela região”.

Maria Antonieta – Durante o mandato de Maria Antonieta o projeto do aeroporto do Guarujá recebeu ações políticas e ajustes técnicos. Nesse período, o município buscou, a cessão de área pela Aeronáutica – uma das condições indispensáveis para o início das obras. Em paralelo, estudos ambientais mais profundos foram realizados para atender às exigências da CETESB, e garantir a viabilidade da Licença Ambiental de Operação do aeroporto.
Após a revitalização de acessos viários e a requalificação da Avenida Áurea Gonzales de Conde, como a principal via de acesso ao futuro aeroporto, o processo – que enfrentava a análise da fauna local e questões fundiárias relacionadas ao uso da base aérea – ganhou forma.
De acordo com a prefeita ressaltou que a maior parte das obras seria por conta do mercado, cabendo à Prefeitura uma parcela menor, de obras de infraestrutura financiada, a Fundo Perdido, pela União através do FNAC (Fundo Nacional de Aviação Civil).
Mas a expectativa da prefeita Maria Antonieta de terminar o mandato com o aeroporto operando voos comerciais não se tornou realidade.

Walter Suman – Na gestão de Walter Suman teve início a execução das obras estruturais e o alinhamento com as autoridades federais. Em 2019, o município recebeu o aval da SAC para a requalificação da pista de pouso e decolagem, além da autorização para o uso da Base Aérea para operações civis. Também vieram a assinatura de convênios federais e a liberação de recursos através do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).
Durante esse governo, foram lançados editais de licitação para as obras de adequação da pista. Também foi assinado o contrato para as obras do terminal de passageiros, investimento de R$ 2,7 milhões que conta com recursos do Ministério de Portos e Aeroportos.

Farid Madi – Previsto para ser inaugurado no primeiro semestre de 2026, o aeroporto é visto como polo logístico e turístico regional, com voos de pequeno porte e capacidade para transportar até 50 passageiros por voo.
O aeroporto receberá o nome do Suboficial da FAB “Professor José Gonçalves dos Santos”. Um reconhecimento ao trabalho realizado na formação de técnicos em manutenção de aeronaves na cidade, além da forte ligação com a aviação.
