O Senado Federal passou a contar com uma nova frota de veículos de luxo, composta por 79 SUVs — com itens como teto solar, motor 1.5 turbo, Wi-Fi nativo e Google Assistente integrado — além de uma minivan adaptada para pessoas com deficiência. O contrato de locação, firmado com a empresa Quality Aluguel de Veículos S/A, eleva os custos mensais para R$ 796,5 mil, mais que o dobro do valor anterior de R$ 377,8 mil.

Os novos modelos substituem sedans utilizados anteriormente e incluem acabamento sofisticado e conectividade de última geração. Segundo o edital, o contrato engloba todos os custos com combustíveis, manutenção, lavagem, seguros, impostos, taxas e placas de bronze — itens que isentam o Senado de qualquer despesa adicional.

Firmado em julho, o novo acordo tem vigência de cinco anos e um valor total de R$ 47,7 milhões. Em comparação, o contrato anterior teve duração de dois anos e meio, com valor global de R$ 11,3 milhões. Os carros alugados já estão em circulação.

Apesar dos altos custos, a compra dos veículos também representaria um investimento elevado: cada SUV Equinox custaria entre R$ 242,7 mil e R$ 287 mil, a depender do modelo.

As regras para uso dos automóveis oficiais do Senado seguem rígidas. Apenas senadores, o diretor-geral e o secretário-geral da Mesa têm autorização para utilizá-los, e os deslocamentos devem ocorrer exclusivamente dentro do Distrito Federal e região do Entorno, num raio de até 100 km — salvo em casos de emergência.

Além disso, os veículos não podem ser usados nos fins de semana, feriados ou quando o parlamentar estiver fora do DF, salvo autorização excepcional. A frota deve ser renovada a cada dois anos e meio, e o contrato pode ser prorrogado por até 10 anos.

A Coordenação de Transportes do Senado é responsável pelo controle rigoroso do uso dos veículos, registrando dados como finalidade, horários, destinos, quilometragem e identificação dos motoristas e dos órgãos solicitantes.