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Na manhã de 20 de outubro de 2025, um incidente grave ocorreu no Centro Educacional 4 do Guará, no Distrito Federal. Um pai de 41 anos, identificado como Thiago Lênin Sousa, invadiu a sala de coordenação da escola e agrediu fisicamente um professor de 53 anos, após o docente ter pedido à sua filha que guardasse o celular durante a aula.

O professor pediu que a aluna parasse de mexer no celular e se concentrasse no conteúdo da aula. Após essa repreensão, a filha teria chamado o pai, que foi até a escola em busca de explicações. Sem aviso prévio, ele entrou na sala de coordenação e desferiu uma série de socos na cabeça do professor. Durante o ataque, o educador tentou se proteger enquanto outros funcionários tentavam intervir. A filha do agressor, ao perceber o que estava acontecendo, interveio e aplicou um golpe de mata-leão no pai, conseguindo interromper a violência.

O professor ficou com hematomas no rosto e um olho roxo, sendo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. Ele afirmou estar “decepcionado” e “sem condições de voltar para a sala de aula” naquele momento, pedindo atestado para tentar se recuperar emocionalmente.

Agressor vai responder por lesão corporal, injúria e desacato

O agressor foi levado à 1ª Delegacia de Polícia, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado após se comprometer a comparecer em juízo quando intimado. Durante o depoimento, ele alegou que sua filha havia ligado dizendo que o professor a teria xingado, mas negou ter feito ameaças. O caso está sendo acompanhado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que informou que tomará providências para garantir maior segurança nas escolas da região.

A Lei sobre o uso de celulares nas escolas

Desde 2025, é lei no Distrito Federal a proibição do uso de celulares nas escolas, exceto para fins pedagógicos ou casos específicos. Essa medida visa reduzir as distrações durante as aulas e garantir um ambiente mais focado para o aprendizado dos estudantes.

Estudos sobre o impacto do uso de celulares nas escolas

O caso também coloca em evidência os debates sobre o impacto do uso de celulares no ambiente escolar. O Ministério da Educação (MEC) do Brasil tem apontado que o uso excessivo desses dispositivos prejudica a concentração dos alunos, com 80% dos estudantes relatando dificuldades em se concentrar em sala de aula, especialmente em disciplinas como matemática. Além disso, o uso de celulares tem sido associado a distúrbios emocionais, como 13% a mais de risco de sintomas depressivos.

A UNESCO também recomenda que o uso de celulares nas escolas seja regulado, destacando que, quando não supervisionado, esse uso pode afetar o bem-estar emocional dos alunos e a qualidade do aprendizado. Já um estudo realizado pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, apresenta uma visão diferente: ele sugere que a proibição do uso de celulares nas aulas não resulta em melhorias significativas no desempenho acadêmico. Os pesquisadores recomendam, ao invés de proibir, que as escolas busquem formas alternativas de lidar com as distrações, como atividades físicas ou educação sobre o uso equilibrado da tecnologia.

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