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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve oficializar ainda nesta segunda-feira (20) a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. A escolha é considerada estratégica para reaproximar o governo dos movimentos sociais e ampliar a base de apoio da esquerda com foco nas eleições de 2026.
A Secretaria-Geral é responsável pela articulação direta com os movimentos populares, uma área em que Boulos tem reconhecida atuação. A nomeação, que vinha sendo articulada nos bastidores desde o início do ano, também deve ampliar a visibilidade do parlamentar no cenário nacional e reforçar o diálogo do Planalto com o eleitorado jovem.
Para efetivar a mudança, Lula ainda precisa definir o destino do atual ministro da pasta, Márcio Macedo. Segundo fontes do Palácio do Planalto, ele não será demitido, mas deve ser realocado para outro posto dentro do governo ou reassumir uma função estratégica no Partido dos Trabalhadores, onde já atuou como tesoureiro.
A expectativa é que o anúncio ocorra antes da viagem de Lula à Ásia, prevista para esta terça-feira (21), com paradas na Indonésia e na Malásia, onde o presidente participará da Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Um encontro entre Lula e Macedo está marcado para o fim da tarde de hoje, quando os detalhes da transição devem ser definidos.
Além da indicação de Boulos, também é aguardado o anúncio do novo nome para ocupar a vaga do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), outro movimento político relevante previsto para ocorrer antes da viagem do presidente.
A permanência de Boulos no governo Lula ainda não tem prazo definido. Caso deseje disputar cargos nas próximas eleições, ele deverá se desincompatibilizar, assim como outros ministros que podem deixar o Executivo para participar do pleito de 2026.