O caso de Yohan Gustavo, de 1 ano, gerou comoção em Guarujá (SP) e nas redes sociais. Ele morreu em 8 de outubro após receber atendimento no Pronto-Socorro Infantil da Avenida São João, em Vicente de Carvalho. A família alega negligência médica e cobra responsabilização.

Yohan foi levado ao pronto-socorro no dia 6 de outubro à noite com fortes dores abdominais, vômitos e dificuldade para evacuar. Segundo a mãe, Alenne Nayjara da Silva, nenhum exame foi solicitado. O médico teria diagnosticado gases e prescrito seis medicamentos, incluindo uma vitamina para anemia, mesmo sem histórico clínico que justificasse.

Na madrugada de 8 de outubro, o bebê sofreu convulsões e foi levado ao PAM da Rodoviária, onde morreu. O laudo médico apontou insuficiência respiratória aguda, abdômen agudo obstrutivo e intussuscepção intestinal — condição que, segundo os pais, poderia ter sido detectada com um simples raio-x.

O caso mobilizou a comunidade. Em 15 de outubro, a família organizou uma manifestação. O ato teve início na Praça 14 Bis e seguiu até o pronto-socorro onde Yohan foi atendido. Em frente à unidade, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio, rezaram o Pai Nosso e soltaram balões brancos em homenagem ao menino.

Nas redes sociais, a mãe transformou a dor em apelo por justiça. “Foram 26 horas entre receber alta sem exames e perder o nosso bebê para sempre”, escreveu. A família espera que o caso sirva de alerta para outros pais e pressione por mudanças no atendimento infantil da rede pública.