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A Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) anunciou oficialmente nesta sexta-feira (10) o retorno do fenômeno climático La Niña, com previsão de impacto global até, pelo menos, dezembro de 2025 ou fevereiro de 2026. A confirmação veio após a observação de anomalias de temperatura abaixo de -0,5 °C por três trimestres móveis consecutivos nas águas superficiais do Oceano Pacífico.
As condições do La Niña começaram a emergir em setembro de 2025, com o resfriamento expandido das águas do Pacífico equatorial central e leste. Esse padrão influencia diretamente os sistemas atmosféricos da Terra, alterando o regime de chuvas e temperaturas em diversas regiões.
O La Niña é o oposto do El Niño e caracteriza-se por águas mais frias no Pacífico equatorial, o que provoca mudanças nos ventos de altitude e nos padrões meteorológicos ao redor do mundo. Os efeitos no Brasil devem incluir chuvas acima da média no Norte e Nordeste e clima mais seco no Sul. Há também aumento no risco de incêndios florestais, especialmente na Amazônia e no Pantanal.
Segundo o Climatempo, os impactos do fenômeno podem variar dependendo da sua intensidade e duração. Episódios mais fracos ou curtos interagem de forma diferente com outros sistemas atmosféricos, o que pode modificar os padrões típicos associados ao La Niña.
A confirmação do fenômeno coloca em alerta autoridades ambientais, setor agrícola e sistemas de defesa civil, já que os próximos meses podem apresentar variações climáticas significativas.