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Justiça determina exame de sanidade para sargento acusado de homicídio em Santos
Foto: Redes sociais / Vanessa Rodrigues
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A Justiça de Santos, no litoral paulista, determinou que o sargento da Polícia Militar Samir Carvalho, acusado de matar a esposa e tentar matar a filha em uma clínica médica, passe por um exame de sanidade mental. A avaliação visa analisar se o acusado tinha plena consciência do caráter criminoso de suas ações no momento do crime.

O assassinato ocorreu no dia 7 de maio, quando Samir Carvalho matou sua esposa, Amanda Fernandes Carvalho, com três tiros e 51 facadas. A filha do casal, de 10 anos, também foi atingida por disparos, mas sobreviveu após ficar internada por seis dias. Samir foi preso em flagrante no local do crime.

A defesa do sargento solicitou o exame, e a Justiça atendeu ao pedido, considerando que o incidente de insanidade mental poderia ser relevante para o caso. O exame será conduzido por peritos psiquiátricos e ajudará a definir se o réu era imputável, semi-imputável ou inimputável, ou seja, se ele possuía discernimento suficiente para entender a ilicitude de sua conduta.

Relembre o caso

Samir Carvalho cometeu o homicídio na clínica após acreditar que sua esposa estava o traindo, uma acusação que foi desmentida durante as investigações. A polícia também revelou que a ação foi premeditada, já que o sargento levou uma arma de fogo e um punhal para o local. A filha do casal, que presenciou o crime, está sendo acompanhada por profissionais devido ao trauma causado.

O Ministério Público de São Paulo pediu que o sargento fosse condenado a pelo menos 70 anos de prisão, além de uma indenização de R$ 100 mil para os herdeiros da vítima e R$ 50 mil para a filha. Durante o andamento do processo, a prisão de Samir resultou na sua agregação militar, o que significa que ele perdeu o direito ao salário e o tempo de serviço não é contabilizado.

O exame de sanidade mental será um fator determinante para o futuro do processo, já que, se constatada a inimputabilidade, Samir poderá ser submetido a tratamento psiquiátrico em vez de cumprir pena em presídio comum. A audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 25 de novembro, com a possibilidade de ser realizada por videoconferência.

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