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O grupo palestino Hamas confirmou que, após intensas negociações, um acordo foi firmado com Israel para encerrar a guerra em Gaza. De acordo com a CBS, parceira da BBC nos EUA, o acordo tem como principais condições a retirada das tropas israelenses, a troca de prisioneiros palestinos e israelenses, e a entrada de ajuda humanitária no território palestino.
O Hamas expressou gratidão aos países envolvidos nas negociações, destacando os esforços do Catar, Egito, Turquia e do presidente dos EUA, Donald Trump, na mediação do acordo. Em nota, o grupo afirmou que “jamais abandonará os direitos nacionais do povo palestino até alcançar a liberdade, a independência e a autodeterminação”.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou o avanço do acordo, destacando a importância da libertação dos reféns israelenses e a perspectiva de paz para a região. Netanyahu anunciou que convocará uma reunião com o governo israelense nesta quinta-feira (9) para ratificar a primeira fase do acordo.
O plano de paz, originalmente proposto por Trump no final de setembro, inclui não apenas a libertação dos reféns, mas também a reconstrução de Gaza, um passo fundamental para a estabilização da região. O presidente dos EUA comemorou o acordo em suas redes sociais, afirmando que “todos os reféns serão libertados muito em breve”.
A ONU também se manifestou em apoio ao acordo, com o secretário-geral António Guterres reafirmando a importância de um caminho político que conduza a uma solução de dois Estados, garantindo a paz e a segurança para israelenses e palestinos.
O acordo surge após mais de dois anos de intensos confrontos entre Israel e Hamas, iniciados em outubro de 2023, quando ataques comandados pelo Hamas resultaram na morte de mais de 1.200 israelenses e na captura de outros 251 reféns. Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva militar em Gaza que resultou na morte de mais de 67.000 palestinos, segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza.