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Os ministros Celso Sabino, do Turismo, e André Fufuca, dos Esportes, tomaram decisões que desafiaram a liderança de seus respectivos...
Créditos: Governo Federal
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Os ministros Celso Sabino, do Turismo, e André Fufuca, dos Esportes, tomaram decisões que desafiaram a liderança de seus respectivos partidos, o União Brasil e o Progressistas (PP), ao anunciarem que continuarão no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar das orientações contrárias das siglas.

Celso Sabino decide permanecer no Ministério do Turismo

Em entrevista nesta quarta-feira (8), Celso Sabino confirmou que permanecerá no cargo de ministro do Turismo, contrariando a ordem do União Brasil, que havia dado um ultimato para que seus filiados deixassem os cargos no governo federal, sob pena de expulsão por infidelidade partidária. Sabino afirmou que sua decisão foi tomada “pelo bem do turismo, pelos serviços prestados ao país e, especialmente, pelo povo do Pará”, citando a importância da realização da COP30, que ocorrerá em sua terra natal.

Embora o União Brasil tenha aberto um processo interno que pode levar à expulsão de Sabino, o ministro destacou que conta com a confiança do presidente Lula e tem o apoio de parte da bancada do partido. A Executiva Nacional do União Brasil se reunirá para definir o destino do ministro, após a pressão que ele enfrentou por continuar no governo. Sabino também afirmou que tentará manter o diálogo dentro do partido até o último minuto, para tentar reverter a situação.

Fufuca é afastado do Progressistas por contrariar a sigla

No mesmo dia, o ministro do Esporte, André Fufuca, também enfrentou uma decisão interna de seu partido, o PP. O partido anunciou o afastamento de Fufuca de todas as atividades partidárias, incluindo a vice-presidência nacional, após ele contrariar a orientação da Executiva Nacional e decidir continuar no governo Lula. O PP afirmou que Fufuca desobedeceu a decisão do partido de se desligar do governo federal, mantendo sua posição no Ministério do Esporte.

Além disso, o Progressistas realizará uma intervenção no diretório estadual do Maranhão, onde Fufuca liderava a sigla, retirando-o da presidência do partido no estado. Fufuca, por sua vez, justificou sua permanência no governo, dizendo que seu compromisso é com o povo, que o elegeu, e que continuará trabalhando ao lado de Lula para a governabilidade do país.

Tensões internas nos partidos

As decisões de Sabino e Fufuca ocorreram em um momento de tensão dentro das duas siglas, que haviam anunciado, em setembro, o desembarque do governo federal. Desde então, ambos os ministros tentaram resistir à pressão de suas lideranças partidárias para abandonar seus cargos no governo.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, criticou a postura de Sabino, questionando como ele poderia permanecer em um governo que seu partido opõe e ainda manter os benefícios do cargo. Caiado afirmou que o processo contra Sabino já estava em andamento, incluindo a intervenção no território do partido e a suspensão de suas atividades.

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