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A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas completa dois anos nesta terça-feira (7), com uma série de negociações em andamento sobre um possível cessar-fogo. O plano proposto pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é visto por alguns como uma esperança para o fim do conflito, mas ainda há muitos obstáculos a serem superados.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque coordenado contra Israel, resultando em mais de 1.200 mortos e 251 reféns. Em resposta, Israel iniciou uma operação militar para eliminar o grupo. O conflito causou grande destruição na Faixa de Gaza, com cidades inteiras reduzidas a escombros e uma crise humanitária que afeta a população local. De acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, mais de 60 mil palestinos morreram desde o início da guerra.
Impactos humanitários e econômicos
A situação em Gaza é devastadora. A ONU descreve o território como “inferno na terra”, com mais de 66 mil mortos e a fome se espalhando. A infraestrutura agrícola e comercial de Gaza foi fortemente danificada, prejudicando ainda mais a produção de alimentos e afetando a economia local. O PIB da região despencou 81% no último trimestre de 2023, e o desemprego ultrapassou os 80%. A pobreza é generalizada, com escassez de produtos e uma inflação galopante — os preços de itens básicos, como óleo de cozinha e farinha, subiram drasticamente.
Perspectivas de cessar-fogo
Embora o plano de Trump tenha sido bem recebido pelo Hamas, várias questões permanecem sem resposta, como o desarmamento do grupo, uma das principais exigências de Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já aprovou a proposta, mas rejeita a criação de um Estado palestino, algo que o plano dos EUA propõe, ainda que de forma condicionada. O cronograma para a retirada das tropas israelenses de Gaza e a formação de um novo governo palestino também continuam sendo pontos críticos.
Além disso, negociações entre Israel e o Hamas estão em andamento no Egito, com mediação dos Estados Unidos e Catar, mas bombardeios ainda ocorreram durante o fim de semana, apesar do pedido de Trump para interromper os ataques. Especialistas veem as conversas como o início de um processo para um cessar-fogo, mas não garantem que isso leve a uma solução definitiva para o conflito.
Reflexos no Oriente Médio e na ONU
Os ataques de outubro de 2023, que resultaram na morte de mais de 1.300 israelenses e no sequestro de centenas, marcaram o início de uma guerra que deixou marcas profundas na região. O impacto humanitário e político será sentido por anos, e a situação em Gaza continua a se deteriorar, com milhares de deslocados e uma crise econômica severa.
A Cisjordânia também enfrenta dificuldades econômicas, com Israel retendo arbitrariamente receitas tributárias destinadas à Autoridade Palestina, afetando a administração pública e os pagamentos de salários.