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A China, maior compradora de soja do mundo, suspendeu as compras do produto dos Estados Unidos em maio, em meio a tensões comerciais...
Créditos: Diivulgação
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A China, maior compradora de soja do mundo, suspendeu as compras do produto dos Estados Unidos em maio, em meio a tensões comerciais e retaliações pelas políticas adotadas pelo ex-presidente Donald Trump. Essa decisão afetou diretamente os agricultores norte-americanos, que perderam seu principal mercado de exportação, enquanto o Brasil se beneficiou com o aumento das suas vendas para os chineses.

De acordo com a Federação de Fazendeiros dos Estados Unidos (American Farm Bureau Federation), entre junho e agosto, os EUA praticamente não venderam soja para a China, enquanto o Brasil alcançou recordes de exportação no mesmo período. A entidade destaca que a China não reduziu suas importações, mas passou a comprar de outros países, principalmente do Brasil e da Argentina, em detrimento da produção norte-americana.

Brasil lidera o mercado chinês

A suspensão das compras dos EUA pela China e a tarifa de 20% imposta em abril somam-se a um cenário que tem colocado os agricultores americanos em desvantagem. A Associação Americana de Soja cobrou do governo Trump uma resposta ao impacto da situação, que favoreceu diretamente os concorrentes sul-americanos.

Com a China aumentando suas compras de soja de outros fornecedores, como o Brasil, o mercado global está cada vez mais dominado por esses competidores. A federação também alertou que, mesmo com preços competitivos, os EUA estão vendo sua dependência do mercado chinês diminuir, enquanto os outros exportadores ganham cada vez mais espaço.

Projeções negativas para os EUA

A queda nas vendas de soja para a China reflete uma tendência mais ampla de diminuição das exportações agrícolas dos EUA para o país asiático. Segundo projeções da American Farm Bureau Federation, as exportações agrícolas dos EUA para a China deverão cair para US$ 17 bilhões em 2025, uma redução de 30% em relação ao ano anterior e mais de 50% em comparação a 2022. Para 2026, as vendas devem encolher ainda mais, chegando a US$ 9 bilhões — o menor nível desde a guerra comercial de 2018.

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