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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem demonstrado incômodo com a pressão crescente de aliados de centro e direita para definir sua candidatura à presidência em 2026. A cerca de um ano das próximas eleições presidenciais, o governador tem sido cobrado por partidos de centro-direita a anunciar sua candidatura até dezembro deste ano.
Entretanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem reiterado que Tarcísio é o candidato à reeleição para o governo de São Paulo e que a discussão sobre a presidência só será feita em 2024, deixando claro que não apoiará nenhum nome para a eleição presidencial antes de 2026. Essa posição de Bolsonaro vai na contramão da pressão exercida por membros de partidos de centro e direita, que já começam a se organizar para lançar Tarcísio como candidato.
Em conversas reservadas, relatadas à CNN, Tarcísio tem apontado que a discussão sobre sua candidatura presidencial é prematura, especialmente considerando as incertezas que ainda cercam o quadro eleitoral. As pesquisas atuais de intenção de voto mostram uma recuperação gradual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que torna uma candidatura presidencial de Tarcísio mais difícil neste momento.
Dentro do Palácio dos Bandeirantes, a defesa predominante é de que, caso o presidente Lula continue sua recuperação nas pesquisas, a melhor estratégia para Tarcísio seria focar em sua reeleição ao governo de São Paulo em 2026 e adiar sua candidatura à presidência para 2030. Esse cenário reflete a preocupação de que uma candidatura presidencial prematura poderia enfraquecer suas chances de manter o governo paulista.
Por isso, Tarcísio tem sido claro em suas conversas privadas: ele só tomará uma decisão definitiva sobre sua candidatura presidencial em março do próximo ano. Até lá, sua prioridade continua sendo a reeleição ao governo de São Paulo.
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, tem defendido que a candidatura presidencial de Tarcísio seja lançada até dezembro, mas Bolsonaro já deixou claro que não tomará partido em qualquer disputa presidencial antes de 2026. Deputados de direita têm sido mais cautelosos, temendo que um apoio antecipado de Bolsonaro enfraqueça a defesa no Congresso Nacional de uma possível anistia ao ex-presidente, figura central da direita no Brasil.