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A Sabesp, empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto em São Paulo, está conduzindo estudos para usar a água...
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A Sabesp, empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto em São Paulo, está conduzindo estudos para usar a água tratada de esgoto como forma de recarregar os reservatórios da Grande SP. A proposta, ainda em fase de avaliação, busca amenizar os impactos da crise hídrica enfrentada pela região, que atualmente tem níveis críticos de armazenamento de água, com o Sistema Integrado Metropolitano (SIM) registrando apenas 30,8% de sua capacidade.

Os planos envolvem a utilização de água tratada da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Barueri, na região oeste, para o sistema Cotia, que pode receber até 2.000 litros por segundo. Em outra parte da região, o esgoto tratado pela ETE Suzano será direcionado ao sistema Alto Tietê, com uma estimativa de 800 litros por segundo. A água será submetida a um processo rigoroso de tratamento e polimento antes de ser reintegrada ao sistema hídrico, passando por uma ETA (Estação de Tratamento de Água) antes de chegar à população.

Apesar de ser uma prática comum em outros países, como em Barcelona e Singapura, o uso de água de esgoto tratada ainda gera controvérsias no Brasil, especialmente quanto à segurança do consumo humano. Segundo Marcel Sanches, diretor da Sabesp, a tecnologia atual permite a total segurança para a reutilização dessa água. Ele também destaca que a prática será tratada com transparência para desmistificar o uso de esgoto tratado.

A crise hídrica de 2014 e 2015 trouxe à tona a necessidade de alternativas sustentáveis para o abastecimento de água. A Sabesp tem avançado no tratamento de esgoto, com a cobertura aumentando de 17% em 1991 para 66% em 2023. O Rio Tietê, que historicamente sofre com a poluição, também tem registrado avanços em sua recuperação, o que pode facilitar o sucesso do projeto.

Os estudos realizados pela Sabesp devem ser concluídos até março de 2026, com a expectativa de que a implantação da solução ocorra até o final de 2026, oferecendo uma alternativa viável para a escassez de água na Grande São Paulo.

 

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