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Quadrilha de golpistas que se passava por INSS causa prejuízo de R$ 300 mil em idosos da Baixada Santista
Foto polícia civil
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Uma quadrilha especializada em aplicar golpes financeiros em idosos da Baixada Santista foi identificada pela Polícia Civil, após causar um prejuízo estimado em mais de R$ 300 mil. Os criminosos, que agiam se passando por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), usavam uniformes e crachás falsificados para se aproximar das vítimas, alegando que estavam realizando a chamada “prova de vida” – procedimento necessário para que aposentados e pensionistas possam manter seus benefícios.

Até o momento, cerca de 40 idosos foram vítimas do golpe, com a polícia identificando três suspeitos. A quadrilha atuava principalmente em diversas cidades da Baixada Santista, em especial em Praia Grande. O principal responsável pelo crime é Ezequiel Tupina, de 46 anos, apontado como o líder do grupo. Ele foi preso em 22 de setembro na Zona Leste de São Paulo, e sua prisão temporária foi convertida em preventiva no dia 1º de outubro. Outros envolvidos já foram identificados, e as buscas continuam para concluir o inquérito.

Golpe bem estruturado

Os criminosos se aproveitavam da vulnerabilidade de pessoas idosas, principalmente aquelas que não estão familiarizadas com os procedimentos realizados pelo INSS. Eles se apresentavam como servidores do órgão e, com crachás falsos, convenciam as vítimas a fornecer informações pessoais e bancárias. Com esses dados, os golpistas realizavam transações fraudulentas, causando sérios prejuízos às vítimas.

De acordo com o delegado Pedro Henrique Gomes Alonso, responsável pelas investigações, o golpe era bem estruturado e aproveitava a confiança que os idosos depositavam nas supostas autoridades. “O INSS não realiza a prova de vida de forma presencial nas residências dos segurados. Essa é uma informação crucial para evitar mais vítimas”, afirmou o delegado.

Prejuízo pode aumentar

O prejuízo estimado pelas vítimas já ultrapassa os R$ 300 mil, mas a polícia acredita que esse número pode aumentar conforme mais idosos se apresentem nas delegacias para formalizar a ocorrência. Até o momento, três suspeitos já foram identificados, e as investigações seguem em andamento para localizar os demais integrantes da quadrilha.

A Polícia Civil de Praia Grande, juntamente com o delegado Alonso, reforçou o alerta para que eventuais vítimas do golpe ou pessoas que suspeitem de fraudes similares procurem as delegacias para registrar o boletim de ocorrência. A corporação também orienta que, caso algum idoso seja abordado por indivíduos se passando por funcionários do INSS, a recomendação é que acione imediatamente as autoridades policiais.

Importância de denunciar

O 2º DP de Praia Grande tem recebido apoio das demais delegacias da Baixada Santista na busca por mais vítimas e na coleta de provas para concluir as investigações. A Polícia Civil também destaca a importância de campanhas de conscientização, principalmente para a população idosa, sobre os riscos de fraudes e como se proteger de golpistas.

O caso segue sendo investigado e pode ter novos desdobramentos, com a polícia esperando identificar todos os envolvidos na quadrilha.

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