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A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (6) Felipe Avelino de Souza, mais conhecido como Mascherano, acusado de ser um dos responsáveis pela execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes. Mascherano, apontado como líder do crime organizado no ABC Paulista, é o quinto suspeito a ser preso em conexão com o assassinato de Fontes, ocorrido em 15 de setembro na Baixada Santista.
Fontes, que estava aposentado da Polícia Civil e exercia o cargo de secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande, foi emboscado e assassinado a tiros. Durante a investigação, vestígios do DNA de Mascherano foram encontrados em um dos carros usados no crime, levando à sua prisão em Cotia, na Grande São Paulo. O acusado foi levado ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), onde aguardará os próximos desdobramentos legais.
Prisões e investigações
Com a prisão de Mascherano, a Polícia Civil já capturou cinco suspeitos envolvidos no assassinato de Ruy Ferraz Fontes. Os outros detidos são Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista (Fofão), Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar) e Willian Silva Marques. No entanto, dois investigados ainda estão foragidos: Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.
Além disso, outro homem procurado por envolvimento no homicídio, Umberto Alberto Gomes, foi morto em um confronto com policiais civis de São Paulo e do Paraná, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Gomes era apontado como um dos atiradores que participaram da execução de Fontes.
Quem é Mascherano
Felipe Avelino de Souza, conhecido como Mascherano, é uma figura de destaque no crime organizado da região do ABC Paulista. Ele tem um histórico criminal extenso, com condenações anteriores por tráfico de drogas, roubo qualificado e corrupção de menores. Em 2014, Mascherano foi condenado a 4 anos de prisão por tráfico de drogas, mas cumpriu apenas dois anos e dois meses antes de ser liberado pela Justiça. Em 2017, foi novamente condenado, desta vez a seis anos e dois meses de prisão, por roubo qualificado e corrupção de menores, mas progrediu para o regime aberto em 2023, após cumprir integralmente a pena.
Mascherano teve o pedido de prisão temporária decretado pela Justiça no mês passado, e sua prisão foi resultado de um trabalho intensivo de inteligência da Polícia Civil. A resposta do governo estadual foi firmemente expressa pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que destacou: “A resposta do Estado é clara: quem atenta contra a ordem em São Paulo será caçado.”
Próximos passos
As investigações continuam, com a Polícia Civil trabalhando para identificar todos os envolvidos no assassinato de Ruy Ferraz Fontes. O caso, que gerou grande repercussão em todo o estado, é tratado com prioridade, e as autoridades seguem empenhadas em concluir o inquérito e levar todos os responsáveis à Justiça.