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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viveu momentos de tensão nesta semana antes de iniciar sua viagem ao Pará. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que faria o trajeto apresentou uma falha técnica no motor pouco antes da decolagem, o que obrigou toda a comitiva a desembarcar por segurança. “Eu só tenho que agradecer a Deus porque poderia ter tido problema no ar. Nós tivemos que descer do avião com medo que ele pegasse fogo”, relatou o presidente em entrevista à TV Liberal. Ele ainda ironizou o episódio ao citar que o defeito ocorreu em um “avião caro da FAB”.

Agradecimento na Basílica

Depois do susto, Lula visitou a Basílica de Nazaré, em Belém, e fez questão de agradecer pelo livramento. Em frente ao altar da padroeira da Amazônia, o presidente lembrou a importância da fé e do Círio de Nazaré, uma das maiores manifestações religiosas do país. “Eu vim agradecer de joelhos. É aqui que a gente sente a força do povo paraense e a energia para continuar lutando pelo Brasil”, disse. Ao lado da primeira-dama Janja, Lula também destacou a tradição da culinária e da religiosidade da região.

Compromissos em Breves, no Marajó

O destino principal da viagem era o município de Breves, no arquipélago do Marajó. Para chegar de barco seriam mais de 12 horas, por isso a opção foi pelo deslocamento aéreo. Lá, Lula inaugurou a creche Afonso Brito, obra iniciada em 2011 e concluída dentro do Novo PAC, além de anunciar uma série de investimentos em educação: 22 creches, 51 escolas de ensino fundamental, 22 quadras e duas escolas técnicas em diferentes cidades do Pará. No total, os projetos devem beneficiar cerca de 25 mil estudantes.

O presidente reforçou que a educação é um pilar de seu governo e criticou a paralisação de obras por questões políticas. “Obras estão sendo inauguradas 15 anos depois. Eu, sinceramente, acho que muitos administradores públicos deveriam ser presos por irresponsabilidade porque quando você deixa uma obra parada só porque foi o adversário que começou, você não respeita o povo”, afirmou.

Durante o evento, Lula também falou sobre os problemas de abastecimento de água no Marajó. Ele prometeu cobrar agilidade da concessionária Águas do Pará para garantir água potável e saneamento. “Quem tem sede, tem pressa. Agora estou junto para resolver este problema”, declarou.

Obras em Belém e preparação para a COP30

De volta à capital paraense, Lula manteve a agenda intensa. Participou da inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto do Una e da entrega do Parque Linear da Doca, obras que integram os preparativos de Belém para sediar a COP30, conferência internacional do clima que ocorrerá em 2025.

Acompanhado de Janja, ministros e do governador Helder Barbalho (MDB), o presidente destacou que o Pará terá papel central nos debates ambientais globais e defendeu que o Brasil precisa acelerar a transição verde. Ao mesmo tempo, reforçou a dimensão cultural e social da região: “O Círio de Nazaré e a gastronomia paraense mostram ao mundo a riqueza do nosso povo”.

Nota oficial

Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência confirmou que a troca da aeronave foi apenas um protocolo de segurança e que em nenhum momento houve risco concreto para o presidente ou a comitiva. O episódio, no entanto, deu um tom de dramaticidade à visita, marcada por fé, anúncios de investimentos e a preparação do Pará para sediar um dos eventos ambientais mais importantes do planeta.

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