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Mulher morre após procedimento estético em clínica de Guarujá
Foto: Arquivo Pessoal / reprodução
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Luana dos Santos Anastácio, de 40 anos, faleceu três dias após a aplicação de enzimas durante um procedimento estético em uma clínica na cidade de Guarujá, litoral de São Paulo. Segundo o marido, a mulher estava em tratamento com o medicamento Tirzepatida (nome comercial Mounjaro) quando foi informada que a substância havia acabado. No lugar, teria recebido enzimas como brinde. A causa da morte apontada foi uma hemorragia no estômago, e o caso é investigado pela Polícia Civil.

De acordo com o relato do companheiro, Luana contratou seis aplicações de Mounjaro por R$ 1,3 mil. A primeira dose foi aplicada em 5 de agosto. No dia 29 do mesmo mês, foi comunicada pela clínica sobre a falta da medicação e recebeu duas injeções de enzimas, sem nova avaliação clínica. Após a aplicação, passou a se sentir mal, com sintomas como febre, vômitos e diarreia, sendo internada em estado grave no dia 31 de agosto. Ela morreu no dia seguinte.

O boletim de ocorrência registra que os sintomas evoluíram rapidamente, com sangramentos e manchas pelo corpo. O marido da vítima, Mizael Souza Anastácio, estranhou o valor cobrado pelas aplicações, uma vez que a medicação tem alto custo em farmácias. Ele relatou ainda que Luana tinha histórico de plaquetopenia, condição que reduz a capacidade de coagulação sanguínea.

A clínica Emagrecentro, responsável pelo atendimento, afirmou em nota que todos os medicamentos utilizados estavam em perfeitas condições, foram prescritos por profissionais habilitados e que não havia contraindicação identificada nos exames prévios da paciente. A empresa defende que não há evidência de relação entre os procedimentos realizados e o falecimento, e alega que a causa da morte pode estar associada a uma retocolite ulcerativa, doença autoimune sem conexão com os tratamentos oferecidos.

O caso foi registrado como morte suspeita na Central de Polícia Judiciária de Santos e é apurado pela Delegacia Sede de Guarujá. O laudo do Instituto de Criminalística será fundamental para definir a causa do óbito e possíveis responsabilizações.

Mizael afirma que pretende buscar justiça para que os responsáveis não fiquem impunes.

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