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O Ministério da Saúde anunciou, na noite desta quarta-feira (1º), a criação de uma sala de situação para monitorar os casos de intoxicação...
Créditos: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O Ministério da Saúde anunciou, na noite desta quarta-feira (1º), a criação de uma sala de situação para monitorar os casos de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Até o momento, foram registradas 43 ocorrências: 39 em São Paulo (10 confirmadas e 29 em investigação) e quatro em Pernambuco. Um óbito foi confirmado em São Paulo e outros sete seguem sob análise.

Segundo a pasta, o número preocupa porque, historicamente, o país registra cerca de 20 casos ao longo de um ano inteiro. “Estamos diante de uma situação anormal e diferente de tudo o que consta na nossa série histórica em relação à intoxicação por metanol no país”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acrescentando que a Polícia Federal atua no caso diante da suspeita de envolvimento de organizações criminosas.

As investigações em São Paulo já associam os casos ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A orientação é que bares, empresas e consumidores redobrem os cuidados com a procedência dos produtos, evitando rótulos falsificados, embalagens sem lacre de segurança ou sem selo fiscal.

A sala de situação reúne técnicos dos ministérios da Saúde, Justiça, Agricultura, além de representantes da Anvisa, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), CONASS, CONASEMS e secretarias estaduais de São Paulo e Pernambuco. O espaço tem caráter extraordinário e permanecerá ativo enquanto durar o risco sanitário.

Na terça-feira (30), o ministério enviou nota técnica a estados e municípios orientando a notificação imediata de casos suspeitos. A definição de suspeita inclui pacientes que, entre 12h e 24h após o consumo de álcool, apresentem embriaguez persistente, desconforto gástrico ou alterações visuais.

O tratamento específico para intoxicação por metanol é feito com etanol produzido em laboratório e administrado sob controle médico, por via oral ou intravenosa. O Brasil dispõe de 32 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), sendo nove em São Paulo, para apoio a diagnósticos e manejo de intoxicações.

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