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O cantor Gustavo da Hungria Neves, conhecido como Hungria Hip Hop, permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação por metanol.

Segundo a equipe médica, Hungria já iniciou tratamento à base de etanol e foi submetido a sessões de hemodiálise, procedimento utilizado como precaução para auxiliar na eliminação da substância tóxica do organismo. Ainda não há confirmação de falência renal ou necessidade de tratamento prolongado.

Sintomas e internação

O cantor deu entrada no hospital na quinta-feira (2/10) com fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos e turvação visual. A gravidade dos sintomas levantou a suspeita de contaminação por metanol, substância altamente tóxica usada em solventes e combustíveis, mas que pode estar presente em bebidas alcoólicas adulteradas.

Em nota, a assessoria do artista confirmou a internação e ressaltou que, apesar da gravidade do quadro, Hungria não corre risco iminente de morte. Ele segue em acompanhamento intensivo, com monitoramento constante da função renal e neurológica.

Casa de shows interditada

A Vigilância Sanitária interditou de forma cautelar a casa de shows Boteco da Villa, em São Bernardo do Campo (SP), onde Hungria se apresentou recentemente. O local é alvo de investigação sobre a procedência das bebidas comercializadas.

Agenda suspensa

Por orientação médica, todos os shows e compromissos do cantor foram adiados. A equipe reforçou que o foco está em sua recuperação e que novas datas só serão divulgadas após liberação clínica.

Alertas das autoridades de saúde

O caso reacendeu os alertas sobre o consumo de bebidas alcoólicas no Brasil em meio às investigações sobre intoxicações por metanol. Segundo o Ministério da Saúde, já são 43 notificações relacionadas ao problema.

Especialistas reforçam que não há como garantir a segurança de nenhuma bebida enquanto as investigações da vigilância sanitária não forem concluídas.

  • “Eu não posso dizer não beba. Nosso papel enquanto saúde pública é informar a população que há um risco sanitário, e aí cada indivíduo vai decidir”, afirmou Regiane de Paula, coordenadora de controle de doenças da Secretaria de Saúde do Estado.

  • Para Luiz Fernando Penna, gerente do pronto-atendimento do Hospital Sírio-Libanês, “a recomendação forte é: não consuma bebida alcoólica, principalmente os destilados. Nós não sabemos ainda qual é o caminho e o que foi adulterado”.

  • A infectologista Paula Tuma, do Hospital Albert Einstein, reforçou: “Não beber é a melhor opção. Mesmo bebidas com lastro estão sob suspeita. Não existe uma garrafa fechada que hoje a gente considere totalmente confiável enquanto a vigilância não terminar a sua investigação”.

O risco do metanol

O metanol pode causar cegueira, falência renal, falência múltipla de órgãos e até a morte quando ingerido. A administração controlada de etanol ou fomepizol, associada à hemodiálise, é a principal estratégia de tratamento em casos graves.

Destaques ISN

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