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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (30) que não há indícios da participação do crime organizado nos casos recentes de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol no estado. A declaração foi feita em entrevista após questionamentos sobre uma possível ligação do Primeiro Comando da Capital (PCC) com as adulterações.
“Tem esse negócio em São Paulo, tudo que acontece é o PCC. Tem se especulado sobre a participação do crime organizado nessa adulteração de bebida. Só para deixar claro, não há evidência nenhuma da participação de crime organizado nisso”, declarou o governador. (veja abaixo)
Casos confirmados
De acordo com o governo paulista, até o momento foram registrados 22 casos de intoxicação, sendo cinco confirmados e 17 ainda sob investigação. Tarcísio afirmou que os inquéritos abertos identificaram suspeitos que não têm relação com facções criminosas, e que as destilarias clandestinas envolvidas operam de forma independente.
As autoridades também anunciaram medidas de contenção. Todos os estabelecimentos que comercializaram as bebidas suspeitas serão interditados de forma cautelar. Além disso, foi criado um canal exclusivo no site do Procon-SP para denúncias relacionadas à venda de bebidas adulteradas.
Tarcísio ressaltou que o problema ultrapassa os limites do estado e deve ser enfrentado como uma questão nacional. “Há, de fato, um problema estrutural que não é só do estado de São Paulo, é do Brasil. Temos que pensar como fazer a fiscalização e diminuir a incidência dessas bebidas adulteradas, clandestinas. É um problema de saúde pública e econômico”, afirmou.
As investigações continuam, e o governo promete reforçar ações de fiscalização para coibir a produção e comercialização de bebidas adulteradas no estado.