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O novo Ranking Connected Smart Cities (CSC) 2025, divulgado em 23 de setembro, trouxe uma notícia de destaque para a Baixada Santista: Santos alcançou a 8ª colocação entre as cidades mais inteligentes e conectadas do Brasil. O salto é expressivo — em 2024 a cidade ocupava a 14ª posição — e coloca o município ao lado de grandes capitais brasileiras, reforçando seu papel como referência em governança, inovação e planejamento urbano.

Raio-x de Santos

Para entender o peso dessa conquista, é importante olhar para o perfil da cidade. Segundo o último Censo do IBGE (2022), Santos tem cerca de 418 mil habitantes, distribuídos em 11 regiões administrativas e 67 bairros oficiais. A área total é de 280 km², sendo aproximadamente 40% composta por áreas de preservação ambiental, como a Serra do Mar e a Ilha Diana. Esse equilíbrio entre urbanização e natureza explica parte dos desafios apontados pelo ranking, especialmente nas áreas de meio ambiente e sustentabilidade.

A população de Santos também se destaca por ter um perfil mais envelhecido: mais de 20% dos moradores têm acima de 60 anos. Isso reforça a importância de políticas públicas em saúde, mobilidade inclusiva e acessibilidade — áreas em que a cidade vem obtendo bons resultados no CSC. Por outro lado, questões ligadas à segurança pública e à energia limpa, destacadas pelo ranking como pontos de atenção, também aparecem nos levantamentos oficiais do IBGE e demais órgãos federais.

O que é o Ranking Connected Smart Cities

O Ranking Connected Smart Cities (CSC) é considerado o principal estudo brasileiro sobre cidades inteligentes e conectadas. Elaborado pela Urban Systems em parceria com a Necta, ele é divulgado anualmente e analisa municípios com mais de 50 mil habitantes em todo o país.

A metodologia é baseada em 11 eixos temáticos, que juntos abrangem 75 indicadores. Esses eixos são: Mobilidade, Urbanismo, Meio Ambiente, Tecnologia & Inovação, Economia, Educação, Saúde, Segurança, Empreendedorismo, Energia e Governança.

O objetivo é identificar e reconhecer práticas que tornam os centros urbanos mais sustentáveis, eficientes, inovadores e conectados, além de gerar referências para o desenvolvimento das cidades brasileiras.

Como o ranking é montado

A cada ano, especialistas coletam dados de fontes oficiais como IBGE, Denatran, Datasus, CNPq, Ministério da Educação, entre outros. Cada indicador tem um peso específico e contribui para a nota final dos municípios.

As cidades são comparadas entre si e recebem pontuações em cada eixo. No fim, é criada uma média que determina a colocação geral nacional, a posição regional (por estado e macrorregião) e também a classificação de acordo com o porte populacional.

A evolução de Santos

Em 2024, Santos ocupava a 14ª posição no ranking geral. Na edição 2025, a cidade subiu seis colocações e agora aparece como a 8ª cidade mais inteligente do Brasil. No recorte do Sudeste, ocupa a 5ª posição, e entre municípios com 100 mil a 500 mil habitantes, é a 3ª melhor do país.

Um destaque importante é que, entre as dez primeiras cidades, apenas Santos, Niterói e Barueri não são capitais estaduais — o que reforça o avanço local frente a grandes centros urbanos.

Pontos de liderança

Santos vem se destacando em governança e planejamento urbano, com políticas públicas de médio e longo prazo que favorecem a sustentabilidade e a inovação. A cidade também apresenta bons indicadores em educação e saúde, além de avanços em mobilidade urbana, com investimentos em transporte coletivo e integração viária.

Outro ponto positivo é a aposta em tecnologia e inovação, com programas de incentivo ao empreendedorismo digital, startups e projetos ligados à transformação digital da gestão pública.

Onde precisa melhorar

Apesar do avanço expressivo, Santos ainda enfrenta desafios para crescer mais no ranking. Entre os pontos que precisam evoluir estão:

  • Energia: aumentar a adoção de fontes renováveis e políticas de eficiência energética.
  • Segurança: reduzir indicadores de criminalidade e ampliar o uso de tecnologia no monitoramento.
  • Meio Ambiente: fortalecer políticas de saneamento, destinação de resíduos sólidos e mitigação de riscos climáticos, especialmente em áreas costeiras.

O desempenho nesses quesitos pode ser decisivo para que a cidade chegue ao Top 5 nacional nos próximos anos.

E as outras cidades da Baixada Santista?

Além de Santos, outras cidades da Baixada Santista também figuram no ranking, ainda que em posições mais baixas. Na edição 2025:

  • Santos – 8ª posição no ranking nacional.
  • São Vicente – aparece no grupo entre as 200 melhores, com destaque em mobilidade urbana.
  • Guarujá – ocupa posição intermediária, com pontos positivos em urbanismo, mas precisa avançar em inovação e segurança.
  • Praia Grande – se destaca em governança e crescimento econômico, mas ainda distante do Top 100.
  • Cubatão, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe e Bertioga – aparecem em posições mais modestas, geralmente abaixo da 200ª, refletindo desafios em áreas como educação, segurança e inovação.

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