Getting your Trinity Audio player ready...
|
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi recebido com vaias ao subir no púlpito para discursar na Assembleia Geral da ONU, nesta sexta-feira (26), em Nova York. Antes mesmo do início de sua fala, representantes de diferentes países deixaram a plenária em sinal de protesto. O Brasil esteve entre as delegações que se retiraram do local.
No discurso, feito em hebraico, Netanyahu reafirmou que Israel continuará sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza. Ele se dirigiu diretamente às famílias dos reféns ainda mantidos no território palestino, assegurando que “não foram esquecidos nem por um segundo”.

O premiê destacou as ações militares de Israel desde o ataque realizado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, quando militantes palestinos mataram cerca de 1.200 pessoas em solo israelense e sequestraram dezenas de civis. Segundo autoridades israelenses, 48 reféns ainda permanecem em Gaza.
Netanyahu também acusou o Irã de apoiar o Hamas e outros grupos armados da região, reforçando que o país continuará combatendo organizações que considera uma ameaça direta à segurança de Israel.
Enquanto o líder israelense ressaltava os efeitos do ataque de outubro, autoridades de saúde de Gaza apontam que a resposta militar de Israel já deixou mais de 65 mil mortos no enclave palestino, além de destruir grande parte da infraestrutura local, gerando uma crise humanitária de grandes proporções.
A presença de Netanyahu na ONU expôs novamente as divisões da comunidade internacional em relação ao conflito, marcado por denúncias de crimes de guerra, disputas diplomáticas e crescente pressão por um cessar-fogo.
