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Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (18/9), o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, juntamente com outras autoridades policiais, divulgou detalhes sobre o andamento das investigações do assassinato do ex-delegado Dr. Rui Ferraz Fontes. Durante a coletiva, foi confirmada a participação do crime organizado no assassinato, com a divulgação dos nomes de dois suspeitos foragidos e envolvidos diretamente na execução do crime.

Suspeitos Identificados: Flávio e Felipe

Os dois suspeitos de envolvimento no assassinato, Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Mascherano”, tiveram suas prisões decretadas, mas ambos estão foragidos. Segundo o secretário, Felipe Avelino, apelidado de “Mascherano”, é um membro de alta relevância dentro da facção criminosa PCC, atuando como disciplina da organização.

A polícia segue com a busca ativa para capturá-los, mas não há ainda informações precisas sobre seus paradeiros. A participação desses indivíduos no crime é ligada à retaliação do PCC, organização criminosa com a qual o Dr. Rui Ferraz tinha um longo histórico de enfrentamento devido ao seu trabalho no combate ao crime organizado.

O Depoimento de Daesley e a Participação Logística

O caso também envolve o depoimento de Daesley, uma mulher que está presa e que teria sido responsável pelo transporte de um fuzil utilizado no crime. Ela afirmou que recebeu a missão de buscar o fuzil em um local não revelado e entregá-lo a um indivíduo, cuja identidade também está sendo investigada. As informações fornecidas por Daesley ainda são desencontradas, mas ela forneceu alguns detalhes que estão sendo apurados pelas autoridades para identificar e localizar o responsável pela entrega do armamento.

A polícia também mencionou que o fuzil, que foi transportado por Daesley, foi provavelmente utilizado na execução do Dr. Rui. A perícia técnica será fundamental para confirmar essa ligação, mas já há indícios de que a arma foi utilizada no crime.

O Envolvimento do PCC e a Motivação do Crime

Durante a coletiva, as autoridades destacaram que, embora a motivação do crime ainda esteja sendo investigada, o envolvimento do PCC é praticamente confirmado. O histórico de combate ao crime organizado de Rui Ferraz, tanto em sua carreira policial quanto em sua recente atuação como secretário de Segurança de Praia Grande, aponta para uma possível retaliação por parte da facção.

O secretário de Segurança também reforçou que a investigação continua com múltiplas frentes, incluindo a análise de informações sobre o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e contratos públicos que possam ter atraído o interesse do crime organizado.

Buscas e Mandados de Prisão

Além de Flávio e Felipe, as autoridades também estão investigando outros membros do PCC, como o traficante conhecido como “Azul”, que recentemente saiu do presídio de Mossoró e é considerado uma liderança da facção na Baixada Santista. Embora não haja confirmação sobre o envolvimento de “Azul” no caso, ele está sendo investigado.

O secretário também destacou que as investigações continuam de forma intensiva, com a polícia cumprindo diversos mandados de busca e colhendo novas evidências. A participação de outros criminosos ainda está sendo investigada, e a prisão de Daesley e de outros envolvidos contribui para o avanço da apuração.

Possível Envolvimento de Agentes Públicos

Outra linha de investigação envolve a possibilidade de agentes públicos, como membros da Guarda Municipal de Praia Grande, estarem envolvidos no crime. Embora ainda não haja evidências concretas, a polícia não descarta essa possibilidade. As autoridades ressaltaram que todas as informações estão sendo checadas minuciosamente para garantir que nenhum envolvimento de pessoas com cargos públicos passe despercebido.

Conclusão das Investigações e Expectativas

O secretário concluiu a coletiva afirmando que as investigações seguem em ritmo acelerado, com equipes dedicadas a identificar todos os envolvidos e garantir a prisão dos suspeitos foragidos. O trabalho conjunto das polícias civil e militar, bem como os órgãos de inteligência, continuam a fornecer importantes avanços na investigação.

A Polícia Civil também confirmou que as diligências seguem em curso e que as provas científicas e os relatórios de inteligência vão direcionar as próximas etapas da investigação, com a expectativa de que todos os responsáveis pela morte do Dr. Rui sejam identificados e levados à justiça.

A Secretaria de Segurança Pública agradeceu as informações que continuam a ser recebidas pela população e enfatizou a importância de manter a colaboração com a polícia para garantir a resolução do caso.

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