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A Polícia Civil de São Paulo intensificou as investigações sobre o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrido na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande, litoral paulista. A operação mobilizou 63 agentes nesta quarta-feira (17) para cumprir oito mandados de busca e apreensão em endereços da capital e Grande São Paulo.
Dois suspeitos já foram identificados, um deles com passagens por roubo e tráfico de drogas. A mãe de um dos envolvidos também foi ouvida pela polícia. Embora os investigados ainda não tenham sido localizados, diversos objetos foram apreendidos e encaminhados para perícia.
O crime segue sob apuração do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Seccional de Praia Grande. O objetivo é esclarecer se a execução foi motivada por represália ao trabalho de Ruy na Secretaria de Administração de Praia Grande ou se está ligada ao seu histórico de combate ao crime organizado, especialmente ao PCC (Primeiro Comando da Capital), que começou a investigar ainda nos anos 1990.
Dois veículos usados na ação foram encontrados — um incendiado e outro abandonado. Neste último, peritos recolheram fragmentos de DNA e impressões digitais que estão sendo cruzados com bancos de dados criminais.
“A prioridade máxima é solucionar esse caso. Temos várias linhas de investigação, várias possibilidades e nenhuma pode ser afastada”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), destacando a reincidência criminal de um dos suspeitos. “Estamos trabalhando para que os responsáveis sejam exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei.”
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, reforçou o esforço conjunto das forças de segurança. “Esse é um momento de união institucional de todas as forças de segurança para que a gente possa, o mais rápido possível, dar a resposta a esse crime”, afirmou.
Suspeitos
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, detalhou como os investigadores chegaram até aos primeiros suspeitos de participarem da execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Segundo ele, a identificação foi possível graças aos vestígios deixados nos veículos usados no crime, que permitiram cruzar informações de perícia e banco de dados criminais.