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Jeep Renegade — segundo carro usado pelos suspeitos, agora estacionado na unidade da Guarda Civil Municipal de Praia Grande.
Jeep Renegade — segundo carro usado pelos suspeitos, agora estacionado na unidade da Guarda Civil Municipal de Praia Grande.
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A força-tarefa que investiga o assassinato do doutor Ruy Ferraz Fontes entra no segundo dia. As equipes concentram hoje os esforços em perícia, cruzamento de dados e operações de campo para transformar os vestígios coletados ontem em prisões e respostas sobre quem planejou e executou a ação.

Ontem foram recolhidos dois veículos que se tornaram centrais para a apuração. A Toyota Hilux preta, ano 2022, placa de Indaiatuba, roubada na capital paulista, foi localizada incendiada na Avenida Casemiro Domcev, em Praia Grande. O outro carro, um Jeep Renegade, registrado em São Paulo, foi abandonado na Rua Gilberto Lopes, Jardim Quietude — dois suspeitos teriam deixado o veículo e fugido a pé. Próximo ao Renegade foram encontrados um carregador de fuzil, cápsulas deflagradas e um carregador de pistola.

A perícia coletou impressões digitais, material de identificação no interior dos veículos, amostras para exame de DNA e vestígios balísticos (cápsulas e carregadores), que já seguem para análise técnica. Com esse conjunto de provas foram qualificados dois suspeitos até o momento, um deles com antecedentes por roubo e tráfico; o boletim, porém, registra a participação de até seis envolvidos na ação.

Hipótese principal

As equipes trabalham com a hipótese de retaliação pela atuação do ex-delegado contra organizações criminosas, mas não excluem outras linhas, incluindo motivações políticas ou institucionais ligadas às funções que ele exercia em Praia Grande. Ruy Ferraz Fontes era ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e ocupava atualmente o cargo de secretário de Administração de Praia Grande — posição que o colocava em contato com decisões administrativas e de gestão no município.

“Zero surpresa”

Derrite destacou que o primeiro suspeito já tinha histórico com a polícia e foi identificado a partir do material coletado nos veículos:

“É um indivíduo que já foi preso várias vezes pelas forças policiais. Foi preso por roubo duas vezes, por tráfico duas vezes, e quando era adolescente infrator.”, afirmou em entrevista o secretário de Segurança de SP

A declaração reforça como o trabalho pericial (itens deixados nos carros, balística e identificação) e cruzamentos com bases criminais permitiram qualificar o primeiro nome ligado ao caso.

Como foi a ação

Segundo o boletim e relatos policiais, a ocorrência foi coordenada: veículos se aproximaram da vítima, homens desembarcaram armados e parte do grupo efetuou os disparos enquanto outros atuaram como apoio/condutor. A vítima foi atingida dentro do carro, perdeu o controle do veículo, que capotou; os autores fugiram e, em seguida, incendiaram a Hilux e abandonaram o Renegade, deixando vestígios que deram início à identificação dos primeiros suspeitos.

No segundo dia de investigação a força-tarefa prioriza a preservação e reavaliação das cenas, o envio acelerado de material para exames balísticos e genéticos, o aprofundamento da análise de imagens e rastreamento de telefonia e veículos, e o cumprimento de medidas judiciais como pedidos de prisão temporária para os já identificados — tudo coordenado entre DHPP, DEIC, unidades de inteligência da Polícia Civil e apoio das forças locais.

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