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Preso desde março de 2024 em Tremembé, Robinho ainda não se adaptou à vida atrás das grades. Relatos apontam que o camisa 7 histórico do Santos anda pelo pátio da penitenciária falando sozinho, sinal de desequilíbrio emocional diante da privação de liberdade.
Segundo Ulisses Campbell, autor de Tremembé: O Presídio dos Famosos, o veterano ganhou destaque interno como técnico em jogos de futebol entre detentos e carcereiros. “Ele anda falando sozinho, claramente não está adaptado”, revelou o escritor em entrevistas.
A popularidade do condenado também trouxe mudanças na rotina do presídio. Familiares de presos que não apareciam há meses passaram a visitar o local apenas pela curiosidade de vê-lo de perto. “Um preso disse que o filho não o visitava há um ano e foi só para ver o Robinho”.
Além do futebol, o ex-atacante da Seleção oferece ajuda em questões jurídicas, indicando advogados para colegas que dependem da Defensoria Pública. “O maior problema dos presos é não ter advogado para acompanhar a execução penal”, explicou o autor do livro.
Mesmo com regalias, como não participar das tarefas de limpeza e dividir cela com apenas um interno, Robinho segue afirmando inocência. Fontes internas revelam que ele não aceita a condenação e insiste que “foi vítima de uma injustiça”.
O processo que o levou ao cárcere remonta a 2013, quando foi condenado na Itália a nove anos por estupro coletivo em uma boate de Milão. A decisão foi homologada pelo STJ e ratificada pelo STF, que rejeitou pedidos de liberdade da defesa em agosto por 10 votos a 1.
Hoje, o ídolo do futebol brasileiro cumpre pena na ala reservada a réus de notoriedade, ao lado de outros nomes conhecidos. A combinação entre privilégios, idolatria e a recusa em admitir culpa reforça, segundo especialistas, a dificuldade do atleta em aceitar a realidade prisional.
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