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A escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, que fica em frente ao STF, foi utilizada na capa do artigo de Lula no New York Times — publicação que bateu recorde mundial de engajamento em 2025.
A escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, que fica em frente ao STF, foi utilizada na capa do artigo de Lula no New York Times — publicação que bateu recorde mundial de engajamento em 2025.
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Quando se bate o recorde mundial de engajamento em um dos maiores jornais do planeta, há motivo de orgulho. Mas também uma preocupação inevitável: o que foi dito para provocar tamanho impacto? Foi o que aconteceu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no New York Times. No artigo, ele celebrou a democracia brasileira, defendeu a soberania nacional e chamou de unilateral e ilógica a política tarifária de Donald Trump. Agora, resta saber qual será a resposta do governo norte-americano.

Sucesso histórico

A publicação se tornou o conteúdo político de maior engajamento do New York Times em 2025, ultrapassando 746 mil interações apenas no Instagram. Nunca antes um artigo de um líder latino-americano havia alcançado tamanha viralização na conta oficial do jornal, o que transformou a fala de Lula em um fenômeno mundial.

O que Lula escreveu

No texto, Lula criticou o “tarifaço” de 50% sobre produtos brasileiros imposto por Trump, classificando-o como uma decisão política, equivocada e ilógica. O presidente destacou que, nos últimos 15 anos, os EUA tiveram um superávit de US$ 410 bilhões no comércio com o Brasil e que 75% das exportações americanas entram sem tarifas. Para ele, a justificativa de déficit comercial não se sustenta.

Além disso, Lula afirmou que a condenação de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal não é uma “caça às bruxas”, e que o Brasil não aceitará ataques às suas instituições. Com tom diplomático, ressaltou que democracia e soberania “não estão na mesa” em nenhuma negociação internacional.

Repercussão no Brasil

A fala repercutiu imediatamente.

  • Na imprensa nacional, a Agência Brasil ressaltou os números citados por Lula, enquanto a Veja e o Vermelho enfatizaram o recorde de engajamento histórico.

  • No debate político interno, aliados celebraram a firmeza do discurso, enquanto críticos alertaram para o risco de tensionamento diplomático e possíveis retaliações comerciais.

Como o mundo viu Lula

O artigo não ficou restrito às fronteiras do Brasil. A fala de Lula ecoou em redações de todo o planeta, tornando-se tema central na imprensa estrangeira.

  • Estados Unidos: a Associated Press destacou a acusação de que as tarifas são “políticas” e sem base econômica, reforçando a defesa da soberania. O MarketWatch e a ABC News ressaltaram que o Brasil não aceita ser tratado como “país pequeno”. A Reuters lembrou que o governo Trump havia prometido “responder” à condenação de Bolsonaro, colocando o artigo no coração da tensão diplomática.

  • Europa: o The Guardian sublinhou o embate direto entre Lula e Trump, enquanto o El País destacou o feito inédito de um presidente latino-americano bater recorde de engajamento em um dos veículos mais influentes do mundo.

  • Oriente Médio e Ásia: a Al Jazeera estampou a frase de impacto “a democracia brasileira não está em negociação”, tratando Lula como voz do Sul Global. Já sites asiáticos de economia analisaram os possíveis efeitos da disputa sobre o mercado de commodities.

A leitura internacional converge em três pontos: Lula desafiou Trump de forma frontal, viralizou mundialmente com uma mensagem política e reposicionou o Brasil como ator que exige respeito no cenário global.

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