O Corinthians possui 50% dos direitos de Yuri Alberto, mas não receberá integralmente esse valor em caso de venda. Isso porque o clube se comprometeu a repassar 10% da sua parte ao empresário André Cury, em acordo firmado em 2023 por Duílio Monteiro Alves.

Na prática, se o atacante fosse vendido por R$ 10 milhões, o Zenit ficaria com R$ 5 milhões, o Corinthians embolsaria R$ 4,5 milhões, e Cury teria direito a R$ 500 mil. O contrato não impede outros agentes de intermediarem negócios, mas o empresário deve ser comissionado.

Cristiano Caús, especialista em direito esportivo, afirma que esse tipo de prática é comum e não configura participação de terceiros, proibida pela Fifa. “É aceito internacionalmente, sobretudo até 10% de comissionamento”, destacou o advogado em entrevista.

Apesar da cláusula, o Corinthians recusou uma oferta da Roma por Yuri Alberto. A proposta era de 30 milhões de euros (cerca de R$ 190 milhões), mas a diretoria considerou o atacante peça fundamental para a temporada, mesmo com o elenco considerado curto.

Fabinho Soldado, executivo de futebol, explicou que a permanência de Yuri e outros jogadores faz parte da reconstrução iniciada em 2024. Ele evitou detalhar os percentuais de direitos do atacante, mas reforçou a importância do camisa 9 no atual projeto.

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