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O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (11) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de articular um golpe de Estado. A expectativa recai agora sobre o voto da ministra Cármen Lúcia, apontado como um dos mais decisivos para o resultado final.
Até o momento, o julgamento tem três votos registrados:
Alexandre de Moraes votou pela condenação integral de Bolsonaro e dos demais réus, reforçando a tese de que houve tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito.
Flávio Dino também votou pela condenação, mas sugeriu dosimetrias diferentes para alguns acusados.
Luiz Fux, em divergência, defendeu a anulação parcial da ação penal, questionando a competência do STF para julgar o caso, já que Bolsonaro não possui foro privilegiado.
Com dois votos pela condenação e um voto divergente, a balança pode pender nesta sessão. O voto de Cármen Lúcia é aguardado com expectativa, já que pode consolidar maioria pela condenação ou manter o placar em aberto até o pronunciamento final do ministro Cristiano Zanin, previsto para esta sexta-feira (12).
O julgamento, que deve ser concluído ainda esta semana, terá impacto direto no futuro político do ex-presidente e servirá como um marco da resposta do Judiciário a atos considerados atentatórios à democracia.