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A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Lance Final para desarticular um esquema nacional de golpes de falso leilão...
Créditos: Ministério da Justiça e Segurança Pública/Divulgação
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A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Lance Final para desarticular um esquema nacional de golpes de falso leilão, com base operacional em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Ao todo, 11 pessoas foram presas temporariamente e 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade.

A investigação, conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas (RS), teve início após denúncias de vítimas que relataram prejuízos de R$ 100 mil. Segundo a corporação, a quadrilha criava sites que simulavam plataformas de leilões oficiais, enganando dezenas de pessoas em várias regiões do país.

A operação contou com 80 policiais civis do Rio Grande do Sul e de São Paulo, além de apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Uma pessoa também foi presa e houve apreensões na capital paulista. O ministério forneceu suporte técnico para rastrear valores movimentados e identificar carteiras digitais usadas na ocultação de recursos ilícitos.

De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, responsável pelo caso, o objetivo foi proteger a população de golpes digitais cada vez mais sofisticados. “Esses crimes exploram a confiança das pessoas e utilizam a tecnologia para enganar de forma cada vez mais sofisticada. Nossa missão é cortar o elo da fraude antes que mais famílias sejam prejudicadas”, afirmou.

Como funcionava o golpe do falso leilão:

  • Clonagem de anúncios: criminosos copiavam informações de leilões legítimos e publicavam em sites falsos.

  • Links patrocinados: a quadrilha pagava para que os sites fraudulentos aparecessem entre os primeiros resultados de busca.

  • Aparência legítima: páginas eram estruturadas para parecer reais, com documentos falsificados, termos de arremate e uso de dados de casas de leilão verdadeiras.

  • Contato via WhatsApp: após acessar o site, a vítima era direcionada a um número de celular e a negociação seguia até a transferência bancária.

  • Golpe consumado: após o pagamento, os criminosos desapareciam, deixando as vítimas sem chance de recuperar o dinheiro.

Os investigados poderão responder por estelionato na modalidade de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que somados podem levar a penas de até 21 anos de prisão, além de multa.

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